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Ibovespa resiste às perdas fortes em Nova York e recua 0,16%

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O Índice Bovespa resistiu à influência negativa das bolsas de Nova York e terminou nesta terça-feira 24, perto da estabilidade, aos 85.469,07 pontos, com recuo de 0,16%. O pregão foi de volume próximo da média dos últimos dias (R$ 9,5 bilhões) e fluxo de estrangeiros perto do equilíbrio, segundo a percepção de operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A expectativa otimista em torno da divulgação do balanço da Vale manteve o papel em forte alta, o que acabou por amenizar as perdas do índice. As ações da Petrobras, por sua vez, tiveram baixas leves, apesar da forte desvalorização dos preços do petróleo.

"Esse aparente descolamento do Ibovespa em relação às bolsas de Nova York deve-se em parte à expectativa por balanços corporativos da semana. Com isso, Vale, Bradesco e Santander foram ações que tiveram desempenho acima da média hoje", disse Carlos Soares, analista da Magliano.

Vale ON terminou o dia com alta de 1,71% e respondeu pelo segundo maior volume de negócios na B3, atrás apenas de Petrobras PN. A Vale, que divulga resultado financeiro do primeiro trimestre nesta quarta-feira, 25, foi beneficiada ainda por relatório do Credit Suisse, que elevou o preço-alvo para o papel. As units do Santander, que divulga balanço nesta quarta-feira, subiram 0,15%. Bradesco PN, com balanço marcado para quinta-feira, 26, avançou 0,18%.

O recente estabelecimento no fluxo de estrangeiros também foi apontado como fator a amenizar perdas na bolsa brasileira nesta terça. Na última sexta-feira, houve ingresso líquido de R$ 325,2 milhões na B3. Em abril, o saldo acumulado já está positivo em R$ 3,288 bilhões. Hoje, instituições financeiras estrangeiras estiveram entre os destaques de compra, de acordo com operadores.

"Foi um dia de volume não muito expressivo, o que significa que o investidor preferiu a cautela a sucumbir ao nervosismo do mercado americano. A expectativa por balanços contribuiu para esse comportamento mais comedido, mas nada impede que a bolsa entre novamente num movimento mais forte de correção, especialmente se as tensões no exterior continuarem a alimentar a aversão ao risco", disse um operador.

Na mínima do dia, o Ibovespa chegou aos 85.105,84 pontos (-0,58%), no período da tarde. A ampliação das perdas esteve diretamente relacionada à deterioração das bolsas de Nova York. Essas, por sua vez, refletiam a tensão geopolítica envolvendo Estados Unidos e Irã, no que diz respeito ao acordo nuclear entre os países.