ASSINE
search button

EUA defendem protecionismo, enquanto líderes apontam ameaça de guerra comercial

Compartilhar

Os Estados Unidos estão resistindo à pressão para recuar em relação à difícil política comercial do presidente Donald Trump, conhecida como "América Primeiro", em uma reunião de líderes de finanças globais preocupados com um aumento da ameaça de uma guerra comercial prejudicial.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, acusou que "o comércio global com práticas injustas impedem o crescimento mais forte nos EUA e no mundo, agindo como um obstáculo persistente

na economia global". Ele pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que faça mais para combater práticas comerciais desleais.

Outros países usaram o encontro para protestar contra o comércio protecionista de Trump, que marcam uma reversão de sete décadas de apoio dos EUA no comércio global cada vez mais livre. "Nós rejeitamos fortemente os movimentos em direção ao protecionismo e longe da ordem de comércio internacional baseada em regras", disse Mar Guðmundsson, presidente do Banco Central da Islândia.

Os países lutaram para encontrar um ponto em comum com Washington sobre o comércio. Mas eles concordaram sobre a importância de coordenar outras políticas econômicas em um esforço para sustentar a expansão econômica global mais forte desde a crise financeira de 2008.

"Temos que manter este grupo trabalhando juntos", disse Nicolas Dujovne, Ministro do Tesouro da Argentina.

O governo Trump tem abalado os mercados financeiros com uma série de medidas protecionistas nas últimas semanas. No mês passado, impôs impostos sobre aço importado e alumínio. Em seguida, propôs tarifas de US$ 50 bilhões em produtos chineses para sancionar Pequim por seus esforços agressivos para obter a tecnologia dos EUA. Em resposta, a China visa impor US$ 50 bilhões em tarifas de exportações dos EUA. Trump então ordenou seu representante comercial para atingir mais de US$ 100 bilhões em produtos chineses.

Em vez de um tom conciliador em relação ao comércio, Mnuchin pediu ao FMI que fosse além de seu papel tradicional como um credor de emergência para países em crise financeira e fortalecer seu papel de monitoramento do comércio individual do país, especialmente nações com grandes superávits comerciais.

"O FMI deve dar um passo em frente nesta questão, proporcionando uma maior robustez", disse Mnuchin. "Pedimos ao FMI para atuar com mais força sobre a questão dos desequilíbrios externos".

Enquanto isso, outros países repetidamente alertaram sobre uma possível guerra comercial.

guerra. "A ameaça maior é representada pelo aumento das tensões comerciais e a possibilidade de entrarmos em uma sequência de medidas unilaterais, que geram incertezas para o comércio global e para o crescimento do PIB, disse Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio.

O ministro francês de Finanças, Bruno Le Maire, advertiu que as tarifas americanas nas importações de aço e de alumínio poderiam levar à retaliação de outros países e "um risco significativo poderia aumentar". Ele disse que "as tensões entre os EUA e a China chegaram num ponto preocupante". Fonte: Associated Press