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'El Cronista': França e Alemanha seguem rígidas em acordo entre UE e Mercosul

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Bruxelas buscará nesta semana seguir com as negociações para o "amplo acordo comercial" com a América do Sul, apesar das advertências da França e de outros membros da União Europeia de que já se chegou ao limite das concessões toleráveis sobre carne bovina e outros produtos agrícolas, escreve Jim Brundsen no argentino El Cronista

Os negociadores da Comissão Europeia e do Mercosul iniciam a rodada de negociações em Bruxelas nesta quarta-feira (29), para pavimentar o terreno para um acordo em dezembro.

Para a comissão, reporta Brundsen, a UE corre o risco de perder uma janela de oportunidade se não assegurar o acordo antes do Brasil começar a focar nas eleições gerais de 2018. Ele cita que as negociações ganharam importância adicional porque a UE busca se colocar como o principal impulsor do livre comércio, em contraposição ao protecionismo de Donald Trump. Para Bruxelas, o acordo seria o maior já negociado pela União Europeia em termos econômicos, já que teria um forte impacto nas tarifas aduaneiras que os exportadores europeus têm que pagar todos os anos. 

A Comissão, contudo, tem recebido pressões de governos de estados membros da UE. Países como França, Irlanda e Polônia pedem limites na questão agrícola. Outros como a Alemanha querem que Bruxelas promova melhores condições de acesso ao mercado para seus carros e outros produtos industriais. 

Uma prioridade central da Alemanha seria uma redução drástica no período de 15 anos na abertura gradual do acesso ao mercado de automóveis. Já o representante de Paris disse na reunião de sexta-feira que as sensibilidades do governo francês na questão agrícola continuam muito fortes. 

>> Francia y Alemania se ponen duros en el acuerdo entre UE y Mercosur