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'Bloomberg': Corte em programas estudantis no Brasil e Arábia Saudita afeta receita dos EUA

Pesquisa aponta efeitos da queda de estudantes estrangeiros na contribuição

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Os Estados Unidos podem perder o status de destino preferido de estudantes internacionais em um futuro não tão distante se o número de novas matrículas continuar a cair -- uma questão que terá custos econômicos, diz reportagem da Bloomberg

O decréscimo de 10 mil pessoas ocorreu em meio à crescente concorrência global, aumento nos custos das universidades, atrasos ou recusas de vistos e ao clima de incerteza política e social, frisou o líder de pesquisa do instituto, Rajika Bhandari.

De acordo com a pesquisa, Oriente Médio, Norte da África e América Latina tiveram a maior queda nas matrículas neste ano. Parte da queda veio justamente de cortes em programas estudantis no Brasil e na Arábia Saudita. Bhandari também chamou atenção para o efeito das novas e imprevisíveis políticas dos EUA.

Pela primeira em 12 anos, o Instituto de Educação Internacional, com sede em Nova York, reportou queda no número de estudantes internacionais matriculados nas universidades dos EUA no ano acadêmico 2016-2017. 

Os Estados Unidos continuam a ter mais que o dobro de estudantes internacionais em comparação com o Reino Unido, o segundo destino mais procurado, mas há uma desaceleração acentuada na taxa norte-americana. 

Estudantes internacionais contribuíram com US$ 39,4 bilhões para a economia dos Estados Unidos no ano acadêmico de 2016-2017, com US$ 12,5 bilhões da China e US$ 6,5 bilhões da Índia. O gasto estimado deste grupo supera US$ 2 bilhões em locais como a Califórnia, Nova York, Texas e Massachusetts. Apenas 16% dos estudantes internacionais recebem dinheiro de universidades norte-americanas, do governo dos EUA ou de um financiador privado. 

Fewer Foreign Students Means a Smaller Contribution to U.S. Economy