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Petróleo segue em alta com divulgação de dados sobre estoques dos EUA

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Os barris de petróleo negociados em Londres e Nova York voltam a registrar alta nesta terça-feira (17), chegando a máximas de três semanas, antes da divulgação dos dados oficiais sobre estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos, pelo Departamento de Energia do país. 

Na noite da véspera, o American Petroleum Institute (API) apontou para queda de 7,1 milhões de barris de petróleo nos estoques dos EUA, na semana encerrada no dia 13. A expectativa é que os dados oficiais divulgados nesta quarta apontem para queda de 4,2 milhões de barris. 

A commodity tem sido impulsionada também pela expectativa de reequilíbrio do mercado e após os conflitos entre tropas iraquianas e forças curdas em região próxima a Kirkuk, província que abriga alguns dos principais campos de petróleo do Iraque. Analistas especulam se as tensões podem afetar o abastecimento de petróleo.

No mês passado, os curdos, que dirigem uma região semi-autônoma no Nordeste iraquiano, aprovaram independência em referendo. O avanço das tensões criam um dilema para os EUA, que é aliado dos dois lados, e armou e treinou tropas iraquianas e curdas, como parte de sua campanha contra o Estado Islâmico. O presidente Donald Trump disse à imprensa nesta segunda-feira que o governo deve seguir sem tomar posição.

Às 9h54, o barril de Brent para dezembro negociado na ICE, em Londres, tinha alta de 0,66%, a US$ 58,26. Já o barril de WTI para entrega em novembro, negociado no Nymex, em Nova York, avançava 0,27%, a US$ 52,02. 

Projeções de demanda e expectativa com Opep

A Opep divulgou na quarta-feira (11) seu relatório mensal, no qual aponta projeção de uma demanda maior por petróleo em 2018 e reforça os sinais de recuperação do mercado, destacando os efeitos do acordo iniciado pelo grupo em janeiro. De acordo com o relatório, a projeção de demanda pelo petróleo da Opep para 2018 subiu em 230 mil barris diários, para 33,06 milhões, em relação ao relatório anterior.

Relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado na quinta-feira, por sua vez, apontou que a oferta global da commodity aumentou 90 mil barris por dia em setembro em relação a agosto, para 97,5 milhões de barris por dia -- alta puxada principalmente pela produção norte-americana. Por outro lado, a entidade apontou que a oferta e a demanda de petróleo bruto serão largamente reequilibradas no ano que vem. 

A Opep firmou um pacto em novembro, iniciado em janeiro deste ano, para congelar cerca de 1,8 milhão de barris diários até junho. Em maio, o prazo foi ampliado em nove meses, até março de 2018. A próxima reunião da Opep está marcada para o dia 29 de novembro, em Viena. Nesta semana, o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, informou que consultas estão em andamento para uma possível extensão no acordo de corte, que termina em março, com possibilidade de adesão de mais países. 

Os barris de petróleo, que custavam em torno dos US$ 100 até o final de 2014, chegaram abaixo de US$ 30 no ano passado, devido ao excesso de oferta global.