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Seth M. Siegel, autor de 'Faça-se a Água', chega ao Brasil para uma série de encontros

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O escritor, empreendedor e ativista norte-americano Seth M. Siegel, autor do livro Faça-se a Água – a solução de Israel para um mundo com sede de água, vem ao Brasil na próxima semana, de 16 a 19 de outubro para uma série de encontros. Senior Fellow do Centro de Políticas de Água da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, Siegel já falou sobre problemas e questões relacionadas à água em dezenas de países da Europa, América, África e Ásia. Faça-se a Água foi recentemente publicado em português pela Educ, editora da PUC-SP (350 páginas, R$ 66,00*)  

No Brasil, o autor terá uma agenda intensa, repleta de eventos, como a palestra-debate no Teatro Tuca da PUC-SP, no dia 16, segunda-feira, às 19h, com entrada franca e aberta a todos (à rua Monte Alegre, 1.024) e no dia 17, às 18h30, uma breve palestra, com lançamento do livro e autógrafos, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo (av. Paulista, 2073).  Siegel também terá um encontro com o presidente da Sabesp, Jerson Kelman (dia 16), uma palestra na Fundação FHC (dia 18) e uma reunião no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília (dia 19). 

Publicado originalmente em língua inglesa, Let There Be Water: Israel’s Solution for a Water-Starved World foi traduzido para 14 idiomas e está à venda em mais de 40 países. O livro narra como sustentando-se em três pilares - educação, tecnologia e política - Israel, inicialmente um país pobre, com população em rápido crescimento, em uma região escassa de água, resolveu seu problema hídrico e tem atualmente água em abundância.  O livro ganhou dois prêmios literários: medalha de bronze do Axiom Business Book Award (2016) e Nautilus Book Award e foi listado na “Best ‘Big Idea’ Books of 2015”, do Daily Beast, e nas listas “Best Books of 2016”, da National Review.

Várias universidades têm adotado a obra, em cursos como engenharia, agricultura, políticas públicas, negócios e história, e convidado Siegel para dar palestras sobre o tema. Entre essas universidades estão Harvard, Yale, Princeton, Mit. Stanford, Columbia e Cornell. Para o autor, o livro, agora publicado em português, poderá influenciar o pensamento do governo, da mídia, acadêmicos e líderes empresariais para a questão da água no Brasil. “Embora a Amazônia seja a maior fonte de água doce do mundo, isso não significa que o País tenha um futuro seguro para a água”, afirma.  Cada vez mais, o desequilíbrio entre oferta e demanda de água ameaça a agricultura irrigada, a produção industrial, a produção de energia elétrica e mesmo o consumo humano. E isso não acontece “apenas” no Nordeste, como pode atestar a população do Estado de São Paulo, que passou por uma severa crise hídrica entre 2014 e 2016.

Segundo Siegel, 60% da superfície terrestre do planeta logo mais experimentarão um desequilíbrio alarmante entre as demandas crescentes de água e a água disponível. Se ações não forem colocadas em prática, o preço dos alimentos aumentará e o crescimento econômico vai se desacelerar. E a consequência provável será a instabilidade política.

Faça-se a Água ilustra como Israel pode servir de modelo para demais países do mundo, mostrando como amenizar o resultado das calamidades hídricas iminentes. Mesmo que o deserto corresponda a 60% da área do país, Israel não só resolveu seu problema hídrico, como também tem água em abundância. Aliás, o país fornece água aos seus vizinhos – os palestinos e o reino da Jordânia – diariamente.

Baseado em pesquisa meticulosa e centenas de entrevistas, Faça-se a Água revela os métodos e técnicas de inventores, frequentemente muito pouco convencionais, que permitiram a Israel se tornar líder mundial em tecnologia hídrica de ponta.

O livro também relata histórias desconhecidas acerca de como a cooperação em sistemas hídricos pode forjar vínculos diplomáticos e promover a unidade. Notavelmente, não muito tempo atrás, o hostil Irã dependia de Israel para administração de seus sistemas hídricos – e o acesso ao know-how hídrico israelense ajuda a descongelar as relações entre China e Israel.

Faça-se a Água é, ainda, um relato inspirador acerca da visão do sacrifício de uma nação e de um povo que há muito fizeram da segurança hídrica uma prioridade essencial. Apesar dos poucos recursos hídricos naturais, com uma população e uma economia em rápido crescimento e vizinhos frequentemente em conflitos, Israel tem constantemente ocupado a posição de líder na curva de inovação hídrica – que deve assegurar um futuro dinâmico e vital.

“Com a leitura de Faça-se a Água espera-se que toda cidade, todo país e todo leitor possam se beneficiar do conhecimento de como Israel fez para superar desafios assustadores e se transformar de uma terra ressequida em uma superpotência hídrica”, diz  Siegel.