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Juros no Brasil são "pornografia econômica", afirma presidente do BNDES

Em seminário, Paulo Rabello fez duras críticas à redução da participação do banco na economia

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O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou, em seminário na Câmara Árabe-Brasileira nesta quarta (4), que os juros no Brasil são uma "pornografia econômica". Paulo Rabello também criticou economistas que defendem a redução do tamanho do banco.

Rabello destacou que a participação do BNDES na economia realmente tem caído, mas "a única coisa que não cai é o juro real". "Só o juro nominal cai. A TJLP [taxa de juros de longo prazo que hoje baliza os financiamentos do BNDES] se esqueceu de cair. Continua rígida nos 7%", disse, acrescentando que os juros altos significam "a instalação da pornografia econômica no Brasil".

"Queremos mais moralidade no Brasil? Comecemos pelos juros. Às vezes a imoralidade veste terno e gravata", disparou, complementando que "país de juro alto não tem direito a futuro". Nesse cenário, disse ele, há um grande incentivo a um eterno "presente". "E presente é carnaval. É um grande fevereiro o Brasil do juro alto", afirmou.

Paulo Rabello afirmou ainda que há economistas da "meia-entrada", que comemoram que o banco de desenvolvimento está encolhendo. "Em breve, encolherá a ponto de não ser mais perceptível. Muito bem, parabéns", ironizou.