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'Bloomberg': Falta de infraestrutura limita energia renovável na Argentina

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Matéria publicada nesta terça-feira (22) pela Bloomberg conta que o próximo leilão de energia renovável da Argentina terá metade do tamanho do realizado no ano passado porque um gargalo de infraestrutura desacelera a viabilidade de aumentar a capacidade.

Segundo a reportagem o governo vai leiloar 1,2 gigawatt de energia renovável, principalmente de projetos eólicos e solares, e não precisa de muito mais capacidade por enquanto, disse o ministro da Energia Juan José Aranguren. A Argentina também planeja conceder contratos para oito projetos novos de linhas de transmissão no fim do ano para acompanhar a expansão da energia não poluente. Um gigawatt pode abastecer pelo menos 750.000 casas nos EUA.

“Não precisamos leiloar toda a capacidade de energias renováveis agora”, disse Aranguren em entrevista a Alix Steel da Bloomberg Television na semana passada. “Teremos, ao mesmo tempo, leilões de linha de transmissão para resolver os gargalos. Além disso, se leiloarmos 10 gigawatts hoje, eu teria que casá-los com o preço. E os preços das tecnologias vão melhorar.”

Bloomberg afirma que de acordo com Juan Bosch, presidente da empresa de comércio de energia Saesa, o leilão de energia renovável está marcado para 29 de novembro e pode gerar cerca de US$ 2 bilhões em investimentos. As duas rodadas anteriores de um programa de leilões destinado a promover renováveis receberam 2,4 gigawatts de capacidade nova e os compromissos totais atingiram cerca de US$ 4 bilhões.

O noticiário acrescenta que a Argentina enfrenta uma infraestrutura de transmissão limitada que afeta áreas com boas fontes de energia eólica e solar. O país precisará adicionar 5.000 quilômetros de linhas de transmissão nos próximos três anos para acompanhar a capacidade de expansão.

“A Argentina tem preços mais elevados para as energias renováveis quando se compara com outros países da América Latina”, afirmou Ana Verena Lima, analista da Bloomberg New Energy Finance em São Paulo. “O país ainda é visto como um lugar de risco e os investidores exigem maiores retornos para investir lá.”

> > Bloomberg