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Indústria naval discute soluções para reaquecer o setor

Aumentar a exploração de campos de petróleo é uma das alternativas apontadas

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Reconhecida por reunir em um único lugar as principais autoridades da indústria naval, a Marintec South America trouxe para a sua 14ª edição - realizada no Centro de Convenções SulAmérica nesta semana, de 15 a 17 de agosto - a discussão sobre o futuro do setor no país. Representantes das mais importantes entidades setoriais e especialistas apresentaram aos players do mercado quais são as alternativas que enxergam como soluções para reaquecer o setor.

Entre eles, o gerente técnico da BRA Certificadora, Elmar Mourão, que participou do Workshop da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), sobre oportunidades e ferramentas para geração de negócios no novo cenário de óleo e gás brasileiro. Para ele, a melhor opção para recuperar o prestígio do mercado naval nacional é aumentar a exploração de campos de petróleo, o que atrairia o interesse de companhias internacionais para o território brasileiro.

“O Brasil tem apenas 30 mil poços de petróleo perfurados, enquanto nos Estados Unidos são aproximadamente 4 milhões. Ainda temos muitas áreas para serem exploradas, tendo visto que nosso país tem dimensões continentais, mas nossa política não permite que o setor se desenvolva como deveria”, afirma Mourão.

Já para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Newton Narciso Pereira, também palestrante do seminário da Abenav, há outros caminhos, como a geração de negócios por meio da reciclagem de embarcações. Segundo ele, há mais de 50 mil embarcações em todo o mundo, que, em algum momento, estarão ultrapassadas e, posteriormente, descartadas. “O mercado de desmonte de navios já provou os benefícios que proporciona em todo o mundo. Sozinho o continente asiático domina mais de 80% deste segmento. Bangladesh e a Índia, por exemplo, são responsáveis por gerarem mais de 100 mil empregos cada um, além de abastecerem os seus respectivos mercados com produtos de segunda mão, atenderem suas demandas internas de matérias primas como o aço, gerarem receitas para seus governos e etc.”, completa Pereira.