O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um novo relatório nesta segunda-feira (24), no qual revisa para cima a perspectiva de crescimento econômico do Brasil. A alta passou de 0,2% para 0,3% neste ano.
O "Perspectivas Econômicas Globais" ainda fez a previsão para 2018, com revisão para baixo em relação ao relatório divulgado em abril. Para a entidade, a perspectiva agora é que o Brasil tenha alta de 1,3% no PIB, em vez de 1,7%.
O FMI destacou que o bom resultado do país no primeiro trimestre justifica a alta para 2017, mas que "a fraca demanda doméstica e o aumento da incerteza política e de políticas vão se refletir em um ritmo mais moderado de recuperação e, portanto, na projeção de um crescimento menor em 2018".
O Fundo também alterou a projeção para outros países. Para os Estados Unidos, houve corte para os dois anos analisados e alta para a zona do euro. Os países que têm o euro como moeda devem crescer 1,9% em 2017 -- uma alta de 0,2% -- e 1,7% em 2018 -- alta de 0,1%. Já o PIB norte-americano cresceria 2,1% neste ano e no ano que vem, em uma perspectiva 0,2% e 0,4% menor, respectivamente, que a apresentada no relatório de abril.
"As estimativas de crescimento foram revistas para cima para vários países da zona do euro, incluindo França, Alemanha, Itália e Espanha, para os quais o crescimento no primeiro trimestre de 2017 foi acima das expectativas", informa o documento.
Para o mundo, a previsão de alta também foi reduzida e está estimada em 3,5% em 2017 e 3,6% em 2018. A receita do FMI para seguir com o crescimento mundial são reformas estruturais e o combate a políticas que possam alimentar o protecionismo.
"No longo prazo, não aumentar o potencial de crescimento e não tornar a economia mais inclusiva poderão alimentar o protecionismo e criar obstáculos para reformas", diz o relatório, defendendo que tal postura causaria uma produtividade global menor e danos às famílias de baixa renda.
* Da agência Ansa Brasil