ASSINE
search button

Rio tem desemprego crescente e pressão por serviços, aponta estudo da FGV

Desemprego foi de 4%, há três anos, para taxa superior a 10% no final de 2016

Compartilhar

O estudo “O Rio em perspectiva: um diagnóstico de escolhas públicas“, da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV, analisou a estratégia de desenvolvimento adotada nos últimos anos pelo Rio de Janeiro. A análise do contexto social do Rio, nos primeiros meses de 2017, revelou uma cidade muito diferente da divulgada há menos de um ano. 

Há três anos, o desemprego no município era em torno de 4% da população economicamente ativa. Já no final de 2016, a situação era completamente diferente, com mais de 10% de população desocupada. 

É a maior taxa de desemprego que o IBGE levantou para o município, desde que passou a ser divulgada por nova metodologia de pesquisa, em 2012. Em um período muito curto, o desemprego mais do que dobrou. De 2015 para este ano, o número de desempregados aumentou em 213 mil pessoas, passando de 132 mil pessoas no segundo trimestre de 2015 para 345 mil no último trimestre de 2016.

Diante deste quadro, para a FGV, há indícios de uma pressão de demanda adicional por serviços públicos. Com base em dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), cerca de 224 mil pessoas deixaram de ter acesso a planos privados de saúde desde 2014. No estado, este número passa de meio milhão. Embora não seja possível afirmar que essa população toda tenha migrado para o sistema público, esta seria uma tendência, que aumenta a demanda sobre a rede municipal de postos de saúde, ambulatórios e hospitais. A fila para exames e consultas é outro exemplo. Só o número de solicitações de agendamento aumentou em cerca de 23 mil ao se comparar a fila de janeiro de 2016 com janeiro de 2017.