"O Brasil deve aprovar a reforma da previdência social para realmente fazer a economia reagir", diz Helio Magalhães, presidente do Citibank Brasil em um artigo publicado pela Agencia Estado durante o fim de semana, comenta a Forbes nesta terça-feira (21).
"Os investidores corporativos retornarão ao Brasil, não tenho dúvidas sobre isso", disse ele.
A reportagem da Forbes lembra que no final do ano passado o governo brasileiro aprovou uma emenda constitucional que limita o gasto público. O que está por trás dessa lei é que seu sucesso está ligado à reforma do sistema público de pensões do Brasil, que favorece os aposentados militares e suas famílias, bem como os ricos funcionários públicos que fizeram mudanças passadas nos planos públicos de previdência, uma zona tóxica para os políticos.
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"Acho que alguma coisa vai ser feita quanto a reforma das pensões, mas acho que nem tudo será animador", diz Luis Assis, diretor da unidade de seguros do Banco Fator em São Paulo. Assis pensa que a idade da aposentadoria vai mudar. Para alguns funcionários públicos, a idade da aposentadoria é baseada nos anos servidos, o que significa que uma professora de universidade pública pode se aposentar aos 50 anos, algo semelhante ao sistema dos Estados Unidos, descreve Forbes.
Magalhães acha que os gestores de carteira americanos estão ansiosos para que o Brasil assine algum tipo de lei quanto as pensões, ainda este ano. O frágil governo de Michel Temer, ex-vice de Dilma Rousseff, tem uma pequena janela de oportunidade aqui. O ano que vem é um ano de eleições e o congresso estará completamente no modo campanha.
"A reforma das pensões pode ser vista como um assassino de carreiras para alguns", disse Magalhães.
"Os investidores estão observando a discussão em torno da reforma das pensões", disse o executivo do Citi Brasil.
"Eles estão conversando conosco e tentando entender nossos pensamentos sobre o que está acontecendo, mas eu diria que a reforma das pensões é o tema mais importante para eles, porque entendem os problemas fiscais associados a ele", disse Helio.