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'The New York Times': Trump se retira de projeto no Brasil suspeito de fraude 

Reportagem diz que empresa reclama da demora na conclusão do empreendimento

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Matéria publicada nesta quarta-feira (14) pelo The New York Times conta que a Trump Organization, propriedade do presidente eleito dos Estados Unidos, vai retirar sua marca do hotel que leva seu nome no Rio de Janeiro. 

O jornal norte-americano aponta que o Trump Hotel, construído na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta que foi cenário dos Jogos Olímpicos, é propriedade da LSH Barra Empreendimentos Imobiliários S.A, e é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal. 

O texto do diário afirma que em outubro, no âmbito da Operação Greenfield que investiga possíveis fraudes que causaram déficits bilionários a fundos de pensão brasileiros, o procurador Anselmo Cordeiro Lopes fez públicas suas suspeitas. Segundo Lopes, poderia haver irregularidades no aporte de recursos de dois fundos de pensão de servidores públicos no fundo de investimento responsável pela construção do Trump Hotel, no Rio. 

Os aportes “possivelmente criminosos”, segundo o procurador, envolvem 77,3 milhões de reais da carteira de investimentos do Instituto Serpro de Seguridade Social – o segundo maior investimento em participações atualmente realizado pelo Serpro – e 54,3 milhões de reais, do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins.

> > The New York Times Trump Firm Quits Brazil Hotel Project That Was Named in Criminal Inquiry

A reportagem diz que a  porta-voz da Trump Hotels informou que a ruptura foi motivada pela demora na construção do edifício de 171 quartos, com chão de mármore importado da Turquia e papel de parede holandês. 

O Times acrescenta que o hotel que custou cerca de 333 milhões de reais, foi projetado para as Olimpíadas mas ainda está inacabado. A companhia disse também que sua equipe se esforça para oferecer aos clientes “experiência de serviço sem paralelo” e que a visão dos responsáveis do hotel “não se alinha mais com a marca” da companhia norte-americana.

A Trump Organization, que apenas dá a marca e não é proprietária do hotel, não fez nenhuma menção à investigação, assim como a LSH Barra, que não respondeu aos questionamentos da reportagem, finaliza o New York Times.