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Conab prevê 213,1 milhões de toneladas de grãos de 2016/2017

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A produção de grãos deve crescer 14,2% na safra de 2016/2017, com um aumento de 26,5 milhões de toneladas em relação à safra anterior. A estimativa foi divulgada hoje (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e chega a 213,1 milhões de toneladas. Este é o terceiro levantamento da safra da Conab, do total de 12, feito entre 20 a 26 de novembro.

Segundo o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo de Oliveira Neto, o principal fator para o aumento da produção é o aumento de área, que deve chegar a 59,2 milhões de hectares, o que representa um aumento de 1,4% ou 827 mil hectares, comparada à safra 2015/2016.

Neto explica, por exemplo, que a área de feijão cresceu 13%, o milho 3%, e a soja 2%. Mas como a soja é a cultura mais produzida, um aumento percentual pequeno que seja de área, gera um aumento significativo na produção. A projeção de crescimento da soja é 7,3% na produção, podendo atingir 102,45 milhões de toneladas.

Segundo o superintendente da Conab, a incorporação de pastagens é o principal fator de aumento da área plantada. “O aumento da área está muito focada nas áreas de pastagens ou pastagens degradadas, que são áreas que estão sendo utilizadas para fazer a produção dessas culturas. Existe, em menor, proporção a substituição de uma cultura pela outra, mas nada que seja além dessa incorporação de pastagens”, explicou.

O algodão e o arroz foram exceções nesse crescimento, pois perderam área para o cultivo de soja. Ainda assim, a produção dessas culturas deve subir. O arroz registra uma produção de 11,5 milhões de toneladas, aumento de 8,5%; e o algodão deve crescer 9,7% e chegar a 1,41 milhão de toneladas.

Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Néri Geller, mesmo com a crise política, o setor está motivado para produzir e  retomar a economia do país. “Você tem o incremento só de movimentação dessa produção da ordem de  R$ 200 bilhões, além de desaguar em outras demandas, por exemplo, transporte, como movimentar a indústria de caminhões, a indústria de pneus, todo o comércio, as revendas de insumos e indústria de equipamentos agrícolas”, disse.