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'WSJ': Alemã Ternium pode comprar siderúrgica CSA da Thyssenkrupp no Brasil

A empresa de Luxemburgo também faz parte do grupo que controla a Usiminas 

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Matéria publicada nesta quarta-feira (26) pelo The Wall Street Journal conta que a gigante alemã de siderurgia e engenharia Thyssenkrupp AG está negociando a venda de sua enorme usina brasileira, a Companhia Siderúrgica do Atlântico, para a TerniumSA, de Luxemburgo. Se concretizada, a transação pode ser o último passo da dissolução da fracassada incursão da empresa nas Américas.

Segundo a reportagem do Journal as negociações estão em estágio avançado e podem ser concluídas até o fim do ano, mas o fechamento do acordo não está garantido. A Ternium — que também faz parte do grupo que controla a Usiminas — quer pagar menos que o atual valor contábil da fábrica, de 2 bilhões de euros (US$ 2,17 bilhões). Qualquer acordo abaixo desse valor afetaria as reservas de capital da ThyssenKrupp, que já são pequenas, segundo analistas. 

> > The Wall Street Journal  Germany’s Thyssenkrupp to Sell Brazilian Steel Plant to Ternium

O jornal norte-americano afirma que ainda não está claro se existem outros interessados na siderúrgica, cuja construção custou US$ 6,8 bilhões para a ThyssenKrupp em 2010. Em 2013, a empresa alemã vendeu sua unidade americana para a ArcelorMittal e a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp. por US$ 1,55 bilhão.

Em abril, Michael Hollerman, que dirige as operações da ThyssenKrupp na América do Sul, disse a repórteres que uma das razões pelas quais a empresa comprou os 26,87% que a Vale tinha na CSA foi preparar a siderúrgica para uma potencial venda. Nesta terça-feira (25), a ThyssenKrupp confirmou por e-mail que está tentando vender a CSA, diz o WSJ.

O diário informa que a CSA está localizada em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, conta com uma capacidade de produção anual de 5 milhões de toneladas e cerca de seis mil funcionários. A usina registrou um lucro operacional de 39 milhões de euros (US$ 42,4 milhões) no terceiro trimestre do ano fiscal encerrado em 30 de setembro, ante um prejuízo de 25 milhões de euros no mesmo trimestre de 2015. A venda da CSA está em linha com a estratégia do diretor-presidente da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, de afastar a empresa da siderurgia.