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Brasil chegou quase lá, e acabou voltando para trás, diz presidente do BNDES

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A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques disse nesta sexta-feira (21) em evento na FGV sobre as novas premissas de financiamento para a infraestrutura e defendeu a importância de privatizações. Chamou a atenção ainda para a persistência de problemas nas contas de governos estaduais, destacando que as medidas anunciadas pelo governo de Michel Temer para lidar com as contas resolvem apenas a questão federal.

O banco deve agora evitar os empréstimos-pontes, estabelecer o mínimo de 20% de equity, participação em debêntures com a Caixa; e participações máximas em TJLP.

"O Brasil chegou quase lá, e acabou voltando para trás. Precisamos virar essa página", declarou Maria Silva. "Tem que falar a verdade para a população. As pessoas ainda não entenderam a visão da crise."

Para a presidente do BNDES, o país precisa de um plano estratégico. "Estado forte não é Estado grande", defendeu. "O Brasil tem que dar certo, não tem por que não dar certo.

Maria Silvia participou de um seminário organizado no Ibre/FGV, em celebração aos 70 anos do economista Antônio Porto Gonçalves, no Rio.

A executiva destacou também medidas como o investimento em saneamento básico em parcerias com os governos estaduais. De acordo com ela, de 15 a 18 Estados devem aderir ao programa de saneamento liderado pelo BNDES.