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Brasil quer ampliar para 10% participação no mercado agrícola mundial

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Durante 25 dias em missão oficial por sete países da Ásia, uma delegação do Brasil, comandada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com a participação de empresários, negociou a ampliação de comércio e a venda de produtos brasileiros como carnes, lácteos e grãos. A missão, com representantes do governo e de empresas do agronegócio brasileiro, esteve no Vietnã, Malásia, Índia, Coreia do Sul, China, Myamar e Tailândia.

O ministro destacou nesta terça-feira (27), em Brasília, que Ásia foi o destino escolhido por concentrar 51% da população mundial e afirmou que a região tem alto potencial de crescimento e consumo. Ele disse, ainda, que, com ações comerciais como a realizada nos países asiáticos, o Brasil busca atingir a meta de ampliar de 7% para 10% a participação no mercado agrícola mundial nos próximos cinco anos.

Entre os principais resultados da viagem aos países asiáticos está a negociação com o Vietnã para a reabertura de mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do Vietnã virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. Houve também negociação com o país para a venda de produtos lácteos brasileiros.

Na Malásia, avançaram as negociações para maior abertura para a carne de aves do Brasil. O país vai enviar técnicos para inspecionar frigoríficos brasileiros e também para discutir a exportação de bovinos vivos.

Durante a passagem da missão pela Índia, a empresa indiana UPL anunciou que vai construir no Brasil uma fábrica para síntese de ingredientes ativos agroquímicos, com investimento de R$ 1 bilhão. O local onde a fábrica será instalada ainda não está definido.

Negócios podem render entre US$ 1,5 bi e US$ 2 bi

Segundo o ministro da Agricultura, os negócios previstos entre empresários brasileiros e asiáticos durante a missão têm o potencial de render entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. "Os números são difíceis de mensurar, mas podemos dizer que conseguimos amarrar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em negócios. Agora, se isso vai se concretizar, é outra história. Os governos criam o ambiente, mas quem firma os contratos é a iniciativa privada", disse.

O ministro afirmou que governo brasileiro apresentou aos representantes dos sete países o potencial brasileiro de produção e ressaltou a clareza das regras fitossanitárias seguidas para a exportação de alimentos. Maggi relatou ter destacado que o Brasil é um país que produz com responsabilidade ambiental e agricultura sustentável, defendendo que esse diferencial deve agregar valor à produção brasileira.

“Temos mostrado que o Brasil tem um ativo social e ambiental que poucos países têm no mundo. Cada vez que alguém compra um produto brasileiro, ele está comprando muito mais que um produto, está comprando um pacote ambiental e social que o Brasil tem”, finalizou o ministro.