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'Clarín': Argentina apresentou em julho a maior queda do ano em sua economia

Reportagem diz que sete meses somou declínio de 1,7% com relação a 2015

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Matéria publicada nesta segunda-feira (29) pelo Clarín conta que de acordo com as estimativas do Centro de Estudos Econômicos Orlando Ferreres, de Buenos Aires, a atividade econômica em julho obteve uma queda de 0,4% em relação ao mês anterior, na medição dessazonalizada. A consultoria prevê "uma melhoria mais real no último trimestre do ano", mas remarca que essa melhoria "depende do que acontecer com o perdão fiscal e com a dinâmica da obra pública".

"No início do segundo semestre, a atividade econômica teve a maior queda de 2016", disse o relatório. 

Segundo a reportagem do Clarín essa queda foi atribuída ao "brusco" declínio da produção industrial, que em julho foi de 6,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, "afetada fundamentalmente pela dinâmica do setor de alimentos". O estudo precisou que a maior retração em julho ocorreu no setor da construção, com uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela diminuição de 20% nos envios de cimento, totalizando uma contração de 11% em sete meses.

"Mas esses valores são influenciados por números muito positivos de investimento público durante 2015, condicionados pela dinâmica eleitoral", afirma o relatório do Centro de Estudos Econômicos Orlando Ferreres. 

O Clarín afirma que em julho, o setor de agricultura e pecuária registrou um retrocesso de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior, a décima queda consecutiva, totalizando 7% em sete meses.

"Transcorridos os meses de maior relevância da colheita grande, o resultado do sétimo mês do ano reflete o impacto da dinâmica da pecuária, com uma queda da produção bovina onde se manifesta uma redução no processamento de fêmeas, que tem se desacelerado nos últimos meses".

O setor do comércio mostrou em julho uma contração de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, evidenciando declínios tanto no varejo quanto no atacado, "afetados pela queda do consumo privado e pela retração dos principais setores de produção de bens".