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Prejuízo dos bancos com Oi e Sete Brasil chega a R$ 13,5 bilhões 

Problemas com crédito e participação acionária elevaram a fatura

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As empresas Oi e Sete Brasil, que possuem pedidos de recuperação judicial, possuem uma dívida bilionária com os bancos. Entre créditos concedidos e participações acionárias, as perdas podem chegar a R$ 13,5 bilhões só nos primeiros seis meses de 2016.

Para fazer frente ao calote da Oi, as instituições bancárias reforçaram as reservas em R$ 3,1 bilhões. A dívida pode crescer nos próximos meses, dependendo das negociações entre empresa e credores.

O Itaú Unibanco fez uma baixa de R$ 539 milhões no valor de títulos em seu balanço. Analistas acreditam que isso tenha ocorrido por conta da Oi. O banco possui certificado de recebíveis imobiliários (CRI) da tele de R$ 1,36 bilhões, informou o Valor Econômico.

A Caixa Econômica Federal também realizou baixa nos títulos de dívida. O banco federal estima perda de R$ 131,4 milhões em debêntures, que totalizavam R$ 1,88 bilhão antes da baixa. 

Já o maior credor bancário da Oi, o Banco do Brasil, fez provisão de 30% para os empréstimos da companhia. O BB, assim como as demais instituições, aguarda a apresentação do plano de recuperação da empresa, que deve ser apresentado nos próximos 30 dias.

Além dos prejuízos com empréstimos, as instituições bancárias também se prejudicaram com os investimentos feitos com compra de ações. Diversas instituições bancárias possuem participações acionárias na Oi e na Sete Brasil.

Na época do otimismo com o pré-sal, Bradesco, Santander e BTG Pactual entraram como sócios no projeto de sondas da Sete Brasil. Os três bancos detêm cotas no fundo de participações que possui 95% do capital da Sete. O fundo, que já foi avaliado em R$ 7,8 bilhões, apresenta patrimônio de R$ 600 mil atualmente.

A maior perda coube ao BTG, que investiu mais de R$ 2,1 bilhões na empresa, sendo que R$ 1 bilhão de dinheiro próprio e o restante de clientes.