A grande movimentação de turistas durante as Olimpíadas e o sucesso do evento fizeram com que o Rio de Janeiro e o Brasil pudessem desenvolver diversos setores, como o de exportação e o hoteleiro.
O diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Salles Lopes, destaca que a Olimpíada é um evento de grande porte e muito importante para o desenvolvimento do turismo brasileiro como um todo. “A Olimpíada é um vento plural pois traz uma grande quantidade de esporte e países. A importância da presença de pessoas, atletas e turistas é grande na medida em que vão vender o Brasil em seus respectivos países”, disse Lopes.
Segundo ele, pesquisas já foram feitas pelo Ministério do Turismo e 85% dos turistas estrangeiros consideraram o evento melhor do que o esperado e 90% querem voltar. Junto disso, a pesquisa feita na imprensa consta que os jornalistas vão vender o Brasil como país turístico.
“Nos últimos cinco anos, crescemos mais de 1 milhão em turistas: tínhamos 5 milhões e agora mais de 6 milhões. A expectativa é que se aproxime de 7 milhões”, acrescentou. Da mesma forma, o diretor afirma que as expectativas para grandes feriados como o réveillon e carnaval são mais altas do que nunca e que o Ministério de Turismo vem trabalhando num expressivo marketing.
Outro setor beneficiado foi o hoteleiro. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, o número de acomodações saltou de 29 mil para mais de 50 mil quartos nos últimos cinco anos. “Temos um parque hoteleiro totalmente renovado, com um setor de serviços que nunca recebeu tanto treinamento. A Olimpíada trouxe grandes bandeiras internacionais que trouxeram seu potencial global de vendas, e diversificamos nossa oferta de acomodações, antes representada basicamente por empreendimentos de categoria equivalente a 3 e 5 estrelas”, disse Alfredo Lopes.
O presidente também enfatiza a desconcentração dos hotéis da cidade, que antes concentrados na Zona Sul, agora migram para novos bairros turísticos: a Barra da Tijuca, novo pólo hoteleiro carioca, e a Zona Portuária, totalmente modernizada. Da mesma forma, outra mudança e legado fica para os próximos anos: as novas formas de hotel, que incluem pousadas, albergues e até motéis totalmente estruturados para receber os mais diversos perfis de turistas.
Sobre o futuro, Alfredo Lopes fala que espera um crescimento médio de 25% depois do evento nos cinco anos posteriores. Por conta disso, segundo o presidente, novas parcerias vêm sendo feitas: “Temos trabalhado fortemente de olho no amanhã para manter as taxas de ocupação em níveis favoráveis. Parcerias com empresas aéreas, captação de eventos, promoção internacional, flexibilização de vistos, entre tantas outras ações, são prioridades em nossas agendas.“
Com relação ao impacto que a imagem positiva das Olimpíadas vai ter para os hotéis do Rio e a expectativa de uma maior movimentação para o carnaval, Alfredo é assertivo: “O Rio de Janeiro está na vitrine e sem dúvida estamos muito otimistas.”
Além disso, segundo o ministro de Relações Exteriores, José Serra, a boa sucessão do evento, sem nenhum tipo de problema, melhorou a imagem do país no exterior, o que ajuda os produtos. Além disso, segundo Serra, a auto-estima do brasileiro foi retomada, o que leva a novos projetos, como a união mais sólida com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
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* do projeto de estágio