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Cepal prevê queda de 0,8% na economia da América Latina em 2016

Maiores retrações ocorrem na Venezuela, Suriname e Brasil

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As economias da América Latina irão registrar uma queda de 0,8% em 2016, após contraírem 0,5% no ano passado, informou o Informe Anual publicado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) nesta terça-feira (26).

Segundo a secretária-executiva da entidade, Alicia Bárcena, o cenário econômico mundial será muito impactado pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia, o chamado Brexit, e que isso terá efeito no continente "pelas interrogações que planta a longo prazo na volatilidade financeira e pelo impacto nos preços das matérias-primas".

    Além do Brexit, somam-se as incertezas sobre as medidas que serão tomadas na questão do aumento de taxas pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, na última parte do ano. Na questão mais regional, a Cepal espera que haja uma queda de 2,1% na economia da América do Sul, afetada principalmente pela deterioração das negociações externas, que apresenta uma menor demanda, e uma grande desaceleração da demanda interna, que reflete uma significativa queda no investimento doméstico.

    Já a América Central terá crescimento econômico de 3,8% pela melhora do intercâmbio com outras nações, fruto de um menor preço dos combustíveis, a recuperação tanto dos pedidos de produção externos e internos e um aumento na entrada de remessas do exterior. A região do Caribe terá, no entanto, uma desaceleração de 0,3% no seu Produto Interno Bruto (PIB).

    No detalhamento por país, as maiores quedas na América Latina serão registradas pela Venezuela (-8%), Suriname (-4%), Brasil (-3,5%), Trinidade e Tobago (-2,5%), Equador (-2,5%) e Argentina (-1,5%). Por outro lado, o crescimento regional será liderado pela República Dominicana (6%), Panamá (5,9%), Nicarágua (4,5%), Bolívia (4,5%) e Costa Rica (4,3%). A queda nos índices latino-americanos pelo segundo ano consecutivo terá impacto direto na questão do desemprego, que deve aumentar para 8,1% neste ano. No ano passado, a taxa ficou em 7,4%. (ANSA)