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'Bloomberg': Aneel nega extensão de prazo a primeiros parques solares no Brasil

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Matéria publicada pela Bloomberg afirma que a Aneel rejeitou o pedido de empresas de energia que buscavam mais tempo para completar os primeiros projetos solares em larga escala do Brasil, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto. A Agência Nacional de Energia Elétrica enviou na segunda-feira um comunicado a um grupo de empresas de energia que ganharam contratos no primeiro leilão solar e se comprometeram a concluir projetos em 2017, negando o pedido de concessão de extensões de até dois anos, segundo as fontes que pediram anonimato porque o assunto não é público. A Aneel não respondeu aos pedidos de comentário da Bloomberg News nesta quinta-feira.

Segundo a reportagem da Bloomberg a moeda desvalorizada, o mercado de crédito apertado e a instabilidade política no Brasil estão dificultando a obtenção de financiamento e o fechamento de acordos de fornecimento para as empresas, segundo as pessoas. As empresas, agora, estão ajustando seus cronogramas para cumprir o prazo. A Aneel vai apresentar a recomendação técnica ao Ministério de Minas e Energia, que tomará a decisão final. A pasta normalmente aceita as recomendações da Aneel. Oito empresas, entre elas Renova Energia, Rio Alto Energia, Fotowatio e Canadian Solar, ganharam contratos para vender energia de um total de 1.048 megawatts de parques solares em um leilão de energia com uma categoria específicia para projetos solares, realizado em outubro de 2014. Os parques deverão entrar em operação em outubro de 2017. Um grupo de sete dessas empresas apresentou o pedido de extensão do prazo em fevereiro.

“A decisão da Aneel faz sentido”, disse Bárbara Rubim, diretora de energia do Greenpeace Brasil. “Se aceitasse, geraria um efeito cascata. Outras empresas, de outros leilões, poderiam pedir a mesma coisa”.