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Meirelles: sem teto de gastos e reforma da Previdência, impostos poderão aumentar

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Nesta segunda-feira (28), em evento promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou a defesa da aprovação, pelo Congresso, da proposta que cria um teto para os gastos públicos e a reforma da Previdência. Meirelles destacou que, sem as duas medidas, o governo terá que aumentar impostos para reequilibrar as contas públicas.

"Até o dia 31 de agosto, que é o prazo legal, vamos analisar. Primeiro, o crescimento das receitas públicas previstas para dezembro e 2017 e o possível ingresso de privatizações, concessões e outorgas. Se necessário, em último caso, faremos aumentos pontuais de impostos que sejam de fato, de verdade, temporários. Porque a carga tributária brasileira é muito elevada", afirmou Meirelles.

O ministro da Fazenda destacou ainda, em relação à Previdência, que é mais importante garantir o direito dos aposentados. "A melhor alternativa para para o equilíbrio fiscal é controlar os gastos públicos em conjunto com a reforma da Previdência", disse.

A proposta estipula que os gastos do governo em um ano terão como limite o índice de inflação do ano anterior. Ela ainda terá de ser aprovada pelo Congresso.

O governo pode tomar a decisão de investir acima da inflação em educação e saúde, desde que isso seja compensado com a redução dos repasses para outras áreas na mesma proporção. Henrique Meirelles afirmou também que o desafio para a retomada do crescimento passa necessariamente pelo ajuste das contas e será de longo prazo.