O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou em baixa o último pregão do mês. Nesta terça-feira (31), o ibovespa retrocedeu 1,01%, aos 48.471 pontos. No mês de maio, a bolsa acumulou recuo de 10,09%.
No cenário doméstico, o resultado do pregão foi influenciado pela desvalorização dos papeis do Bradesco, que chegaram a registrar queda de quase 5%. A movimentação foi uma reação à notícia de que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, foi indiciado na Operação Zelotes por tráfico de influência, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As ações da Petrobras também enfrentaram baixa na bolsa brasileira. Os papeis preferenciais tiveram recuo de 4,06%, a R$ 8,04. Já os ordinários caíram 3,78%, a R$ 10,18.
No cenário externo, o enfraquecimento do petróleo e o resultado ruim das bolsas em Wall Street pressionaram as negociações do pregão brasileiro.
Na véspera, o ibovespa recuou 0,18%, aos 48.964 pontos.
Dólar fecha o mês com valorização
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (31). A moeda norte-americana valorizou 0,96% frente ao real, a R$ 3,6123. No mês de maio, o dólar subiu 5%.
De acordo com analistas, o mercado continua preocupado com o clima de instabilidade política no Brasil. No período de duas semanas, caiu o segundo ministro de Michel Temer. A conversa de Fabiano Silveira, agora ex-ministro da Transparência, com Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual critica a condução da Operação Lava Jato, não pegou bem para o mercado.
A notícia de que o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Zelotes também influenciou a movimentação do dólar e fez a moeda dos EUA encostar em R$ 3,64 durante as negociações.
Na véspera, o dólar fechou com queda de 0,92%, a R$ 3,5779.