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Conselho da Petrobras se reúne, mas não decide sobre indicação de Parente

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O Conselho de Administração da Petrobras se reuniu segunda-feira (23) extraordinariamente para apreciar a indicação do executivo Pedro Parente para a presidência da estatal, mas não tomou nenhuma decisão.

Por enquanto, Ademir Bendine permanece no cargo. O administrador está no posto desde o ano passado, quando foi nomeado no governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

Além do comando da estatal, Parente também foi indicado pelo presidente interino Michel Temer para presidir o Conselho de Administração.

Em nota ao mercado divulgada após a reunião, a Petrobras anunciou apenas que o Comitê de Remuneração e Sucessão informou ao Conselho de Administração que está em andamento uma “avaliação dos requisitos necessários para a investidura nos cargos indicados, bem como, sobre todos os demais procedimentos de governança corporativa, conformidade e integridade necessários ao processo sucessório”.

A avaliação de requisitos está prevista no novo estatuto social da companhia, aprovado em Assembleia Geral do dia 28 de abril deste ano. A expectativa é de que Parente tome posse na terça-feira (31) ou, no mais tardar, nos primeiros dias de junho.

O presidente interino, Michel Temer, articulou a permanência do diretor financeiro Ivan Monteiro no alto escalão da estatal. A decisão foi vista com bons olhos pelo mercado, uma vez que Monteiro esteve à frente da reestruturação financeira e no plano de desinvestimentos da companhia. A permanência do competente Ivan Monteiro será fundamental para que o processo de reestruturação tenha prosseguimento. Vale destacar que, semana passada, a Petrobras captou US$ 7 bilhões no mercado internacional, mostrando a sua força.

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Domingo (22), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) enviou ao presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Luiz Nélson Guedes de Carvalho, uma carta aberta pedindo que o nome de Pedro Parente não fosse referendado para a presidência da estatal.

No documento, a Federação afirmou que Parente "coloca em risco o futuro e a credibilidade da empresa". A FUP também alegou que Parente responde a ações de reparação de danos por improbidade administrativa na 20ª e 21ª Varas Federais de Brasília por atos de quando ele era Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, no governo FHC.

*Com Agência Brasil