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Porto Rico dá novo calote de quase US$ 400 milhões

Governador Padilla afirma que precisa renegociar dívida

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O governo de Porto Rico anunciou que não quitou uma dívida no valor de US$ 389 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) com o Banco de Desenvolvimento Nacional que venceu nesta segunda-feira (02) e cobrou dos parlamentares norte-americanos que renegociem e reestruturem o setor econômico do território.

    Segundo o governador local, Alejandro Garcia Padilla, a decisão "foi muito difícil", mas "em face da impossibilidade de cumprir as demandas dos credores e das necessidades de nosso povo, eu tive que fazer uma escolha e decidi que os serviços essenciais para 3,5 milhões de cidadãos norte-americanos em Porto Rico devem ser prioridade".

    Chamado de "Commonwealth", Porto Rico não é um país independente, mas sim um território livre que tem associação aos Estados Unidos. Contudo, diferentemente dos estados norte-americanos, o local não pode pedir concordata sobre suas dívidas e depende de decisões políticas de Washington para definir seu futuro.

    Os parlamentares estão analisando, há alguns meses, a restruturação das dívidas - além da renegociação -, mas ainda não definiram nada solicitado por Padilla.

    Essa é a terceira vez que o território dá calote em menos de um ano: o primeiro foi em agosto de 2015, no valor de US$ 58 milhões (R$ 306,5 milhões), e o segundo em janeiro, de US$ 174 milhões (R$ 619,4 milhões). O governador ameaçou, no entanto, que uma nova moratória poderá ser decretada em 1 de julho deste ano, caso as dívidas ou a legislação não tenham avanços significativos.

    Ao todo, o governo portorriquenho pede ferramentas legais para conseguir negociar ou quitar os US$ 70 bilhões (R$ 249,2 bilhões) em dívidas do país e de, ainda, permitir uma sustentabilidade da ilha. (ANSA)