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Após ter sua fusão com a TIM descartada, Oi tem futuro incerto

Companhia brasileira interessa a investidores russos e americanos

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A Telecom Italia descartou nesta semana a fusão da TIM, da qual é dona, com a Oi, cuja compra interessa agora a dois fundos americanos de investimento, já que o negócio não se concretizou. 

Para o Cerberus e o Elliot conseguirem a aquisição da marca brasileira, é preciso, no entanto, que o contrato de exclusividade assinado entre a companhia brasileira e o fundo de investimento russo LetterOne não seja renovado. Os investidores russos chegaram a oferecer US$ 4 bilhões à Oi, com a condição de que a fusão com a TIM realmente ocorresse. 

A proposta de fusão foi enviada à Telecom Italia durante o feriado de Carnaval. Ao receberem a oferta, o presidente da operadora italiana, Marco Patuano, e o presidente de seu conselho de administração, Giuseppe Recchi, a rechaçaram de imediato. Os italianos, segundo a proposta, teriam uma participação menor do que a dos russos após a fusão (35% a 43%, respectivamente), mas mesmo com uma sinalização da LetterOne de que o controle poderia ser igualmente dividido, a Telecom Italia sequer quis dar continuidade às conversas. 

Os russos ainda estudam renovar seu contrato de exclusividade com a Oi, eventualmente investir mais na operadora, e até fazer uma oferta hostil pela TIM (proposta enviada diretamente aos acionistas, que a analisam independentemente da vontade dos controladores), mas a operadora brasileiras pode seguir caminhos diferentes. 

Um dos fundos de investimento mais poderosos dos Estados Unidos, o Cerberus Capital Management, que está à procura de investimentos no Brasil, sinaliza interessa em comprar a empresa. Informantes apontam que representantes desse fundo vêm procurando sócios da Oi para tentar convencê-los a fazer negócio, caso o contrato com a LetterOne não seja renovado. 

O Elliot Management, que já investiu em títulos de dívida dos governos da Argentina e do Peru, também manifestou interesse em adquirir a operadora brasileira.