Matéria publicada nesta sexta-feira (12) no The Telegraph, por Allister Heath, analisa que o mundo pode se recuperar depois dos ataques terroristas, terremotos e lidar com epidemias como Zika. Eles podem até mesmo lidar com anos de incerteza económica, salários estagnados e desempregos. Mas nenhuma nação desenvolvida poderia tolerar outra crise dos bancos, acarretando uma recessão brutal.
Estamos muito frágeis. Fiscalmente e psicologicamente. As nossas economias, culturas e política ainda estão pagando um preço muito alto da última grande recessão; outro colapso, especialmente se for acompanhado por um resgate do sistema bancário, provocaria, uma reação incontrolável de cataclismo.
Segundo a reportagem, ficou abalada a fé do povo, das elites e do setor privado depois de 2007-09. Esse sentimento de desânimo tão abrangente, pode ameaçar a própria sobrevivência do comércio livre, da globalização e da economia baseada no mercado.
Os bancos centrais, em desespero, estão procurando preservar seu patrimônio. Os empréstimos estão cada vez mais difíceis, assim com as leis de incentivo, aprovação de consórcios e recursos cooperados.
É por isso que os analistas recomendam esperar passar a turbulência presente dos últimos dias nos mercados financeiros, e as notícias econômicas cada vez mais preocupantes, para termos certeza do que se trata. Pode ser um falso alarme. Seria certamente prematuro, nesta fase, chamar o que estamos passando de recessão, e muito menos uma crise financeira. O fato real é que estamos vendo uma grande dose de perigosas ameaças desde a virada do ano.
Os investidores de ações, incluindo milhões de pessoas com pensões privadas e normas de auditoria, já perderam uma fortuna; eles não ficarão felizes quando começarem a perceber a extensão dos danos.