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'Project Syndicate': Parceria Transpacífico enfrenta sua primeira batalha

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Matéria publicada nesta quinta-feira (11) no Project Syndicate, por Dani Rodrik, conta que a Parceria Trans-Pacífico, acordo comercial entre 12 países que representam mais de um terço do PIB global e um quarto das exportações mundiais, é o novo alvo de críticas entre defensores e opositores de acordos comerciais. Infelizmente, nenhum dos lados está apresentando dados concretos.

Segundo a reportagem, os defensores do pacto apresentam modelos quantitativos relacionados aos impactos do acordo na economia. Suas justificativas favoritas prevem aumento dos rendimentos reais depois de 15 anos, que variam de 0,5% para os Estados Unidos para 8% no Vietnã.

Além disso, o modelo desenvolvido por Peter Petri e Michael Plummer, de Brandeis e Universidades Johns Hopkins, respectivamente, com base em uma longa linha de estruturas semelhantes criada por eles e outros,  prevê investimento insignificante para as indústrias afetadas. 

Os opositores do TPP recorrem a um modelo competitivo, que gera projeções muito diferentes. Produzido por Jeronim Capaldo, da Universidade Tufts e Alex Izurieta da Conferência das Nações Unidas de Comércio e Desenvolvimento (junto com Jomo Kwame Sundaram, ex-Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas), prevê salários mais baixos e aumento do desemprego em todos os países do acordo, além do declínio da renda média em dois países-chave: EUA e Japão.

Não há discordância entre os modelos sobre os efeitos comerciais. Na verdade, Capaldo e os seus colaboradores tomam como ponto de partida as previsões comerciais de uma versão anterior do estudo Petri-Plummer. As diferenças surgem em grande parte no contraste de suposições sobre como as economias irão responder às mudanças no volume do comércio provocados pela liberalização.

O Instituto Peterson de Economia Internacional, publicou um estudo pró-TPP, afirmando que "O acordo vai aumentar os salários dos EUA, mas não é projetado para alterar os níveis de emprego".