Os preços de barris de petróleo registram fortes altas nesta sexta-feira (22), seguindo o movimento ascendente da véspera influenciado pelo incêndio em terminal produtor da Líbia e também com as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que indicou possibilidade de novas medidas de estímulo ao mercado nos próximos meses. A commodity conseguiu ultrapassar a marca dos US$ 30, depois de ter ficado abaixo de US$ 28 nesta semana, preço que não era visto desde 2003.
O Citigroup declarou que o petróleo pode ser "o negócio do ano" em 2016, se resistir ao aumento das exportações iranianas.
>> Petróleo pode ser o 'negócio do ano' em 2016, diz Citigroup
Às 8h22, o barril do Brent para entrega em março subia 5,38%, a US$ 30,82, no International Exchange Futures (ICE) de Londres. O futuro do light sweet crude (WTI), do Texas, ganhava alta de 4,59%, a US$ 30,88 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
Às 9h03, o barril de Brent avançava 6,60%, a US$ 31,18; enquanto o de WTI ganhava uma valorização de 5,30%, a US$ 31,09.
Às 10h, a alta do barril de Brent estava em 6,34%, negociado a US$ 31,11 no ICE de Londres; e a do light sweet crude do Texas marcava 5,30%, a US$ 31,09.
Às 11h12, o preço do barril de Brent subia 6,03%, a US$ 31,02; e o valor do WTI tinha alta de 5,13%, a US$ 31,05.
Às 12h39, o avanço do Brent estava em 7,37%, a US$ 31,41, enquanto o WTI se valorizava em 6,21%, a US$ 31,37.
Às 16h, a alta estava em 6,12% no preço do barril de Brent, que era cotado a US$ 31,04, enquanto o WTI tinha alta de 5,91%, a US$ 31,28.
As projeções para a commodity ficaram mais pessimistas no início deste ano. Na semana passada, em relatório mensal sobre o mercado, a Agência Internacional da Energia (AIE) afirmou que o preço pode chegar a US$ 10, valor muito abaixo dos US$ 100 vistos em 2014, o que ameaça a sustentabilidade de projetos e afeta as finanças de empresas do setor.
>> Agência Internacional de Energia diz que preço do petróleo pode cair para US$ 10
>> Queda nos preços de petróleo leva a corte de custos de US$ 380 bilhões
No fechamento desta quinta-feira (21), o barril do Brent para entrega em março subiu 4,91%, a US$ 29,25, no International Exchange Futures (ICE) de Londres. Já o futuro do light sweet crude (WTI), do Texas, teve valorização de 4,16%. O petróleo norte-americano terminou a sessão cotado a US$ 29,53 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
O petróleo vive um cenário de excesso de oferta, intensificado pelo término das sanções econômicas ao Irã, e queda na demanda. De um lado da equação, não param de surgir dados preocupantes em relação à economia chinesa. Em contrapartida, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continua sem chegar a um acordo para limitar a produção de seus membros. O consenso do cartel poderia impulsionar os preços do barril.
A Venezuela teria solicitado à Opep nesta semana um encontro de emergência para discutir medidas para sustentar os preços do petróleo. Mas o encontro seria improvável. Países como Venezuela e Nigéria defendem o corte da produção, mas a líder Arábia Saudita e seus aliados do Golfo continuam firmes na ideia de bombear o mercado para se impor em relação a concorrentes, em especial os Estados Unidos. A entidade destacou na semana passada que espera um equilíbrio dos preços da commodity ainda neste ano.