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'Samarco não é botequim', afirma diretor jurídico da Vale

Em NY, ele descartou responsabilidade legal da companhia em desastre da Samarco  

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Após a Fitch Ratings colocar a nota da Vale em observação negativa na última segunda-feira (1), o diretor jurídico da companhia enfatizou que não há motivos para a mineradora fazer provisionamentos para a Samarco, sua joint venture com a BHP Billiton. "A Samarco não é botequim", afirmou Clovis Torres relembrando seu faturamento anual de US$ 2 bilhões.

Em entrevista à imprensa depois de encontro com investidores e analistas no Vale Day, em Nova York, o dirigente afirmou que, como acionista, a Vale não tem qualquer responsabilidade legal em relação ao rompimento das barragens da Samarco em Minas Gerais.

"Não há que se falar neste momento em responsabilidade dos acionistas, e muito menos em provisão por parte dos acionistas", argumentou. Torres também disse que a Vale ainda não foi notificada sobre a ação civil pública da Advocacia Geral da União (AGU) cobrando R$ 20 bilhões da Samarco e de suas duas controladoras. 

"Não fomos citados ainda, não temos notícias de nenhuma ação impetrada contra a Vale neste momento pela AGU. Nós olhamos as distribuições e não conseguimos localizar", disse, completando que os caminhos a seguir serão definidos assim que a mineradora tiver conhecimento do teor do documento.