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Mercado de carbono na China é caminho certo, diz ativista ambiental chinês

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Ma Jun, ativista chinês ligado às questões ambientais, defende que a criação de um mercado de carbono na China é "o caminho certo". O problema, entretanto, seria garantir a qualidade e o acesso às informações. Em setembro, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu um sistema nacional de comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono (CO) para 2017. 

Denominado cap and trade, o mecanismo consiste na fixação de um limite para as emissões de CO, e a permissão para que as empresas que o ultrapassem possam comprar parte da cota daquelas que emitiram menos que o limite.

O sistema "já provou ser bastante efetivo e nós apoiamos", disse Ma Jun à agência Lusa, que em 2006 integrou a lista das 100 personalidades mais influentes do mundo, elaborada pela revista norte-americana Time. No mesmo ano, Ma Jun fundou o Institute of Public and Environmental Affairs (IPE), uma organização não governamental, com sede em Pequim, que promove o acesso à informação ambiental e uma indústria menos poluidora na China.

"O importante agora é garantir a acessibilidade, qualidade e confiabilidade dos dados estatísticos", ressaltou ele. "Para termos um mercado de carbono bem-sucedido, precisamos obedecer a estes critérios".

Dados oficiais recentes indicam que, desde 2000, a China consumiu 17% mais carvão, anualmente, do que tinha calculado, o que corresponde a quase 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono ao ano. Na maioria das cidades chinesas, a concentração de partículas PM2.5 (mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões) por metro cúbico está quase sempre acima do máximo recomendado pela OMS, de 25 microgramas.

* Com Agência Brasil e Agência Lusa