ASSINE
search button

'WSJ': Caminhos divergentes para EUA e os bancos centrais europeus

BCE deve reduzir ainda mais a sua taxa de depósito enquanto Fed vai tomar rumo oposto

Compartilhar

Matéria publicada nesta segunda-feira (30), no The Wall Street Journal, por Brian Blackstone e Todd Buell, analisa que o decorrer desta semana na Europa e nos EUA são definitivos para aumentar a diferença entre o provável caminho das taxas de juros nas duas regiões, além da turbulência das moedas nos mercados, o que se deve ao aumento de até 12% do valor do dólar com relação ao euro, desde o início do ano. É esperado que o Banco Central Europeu impulsione as taxas de juros na zona do euro. Os dados de emprego nos EUA em novembro são amplamente previstos para confirmar o curso da Reserva Federal em aumentar as taxas em dezembro, o que seria o primeiro aumento em nove anos.

A reportagem fala que o BCE, que começou a forçar as instituições a pagar para manter seu dinheiro com ele desde junho de 2014,  deve começar a cobrar, pelo menos, um décimo de ponto percentual. A esperança é que uma taxa de -0,3% ou -0,4% vai elevar o custo de armazenamento de caixa no BCE ao invés de colocá-lo para trabalhar no setor privado, bombeando a relutante economia europeia. A medida pode tornar os ativos europeus menos atraentes em comparação com outras economias, enfraquecendo as taxas de câmbio do euro. Os caminhos divergentes  do Fed e do BCE, podem fortalecer ainda mais o dólar contra o euro, dando uma vantagem para os europeus. O dólar está perto de sua maior alta em 12 anos. O fortalecimento da moeda reflete as expectativas de crescimento dos EUA, mas também pode complicar o impulso do Fed para obter a inflação à sua meta de 2%. "Esperamos que a divergência política entre o BCE e o Fed, prevaleçam durante um período considerável de tempo," disse em uma nota a economista Michala Marcussen, do Société Générale.