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China registra pior crescimento trimestral desde 2009

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O Produto Interno Bruto (PIB) da China registrou crescimento de 6,9% no terceiro trimestre de 2015, de acordo com dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (19) por Pequim. Apesar da alta, este é nível mais baixo da atividade econômica do país asiático desde 2009, em plena crise mundial, quando o PIB ficou em 6,2%.

Entre os meses de abril e junho, referentes ao segundo trimestre de 2015, o PIB foi de 7%. A média dos primeiros três trimestres do ano é de 6,96% e os economistas são pessimistas quanto a uma melhora substancial entre outubro e dezembro. Com a desaceleração da economia nos últimos meses, a China corre o risco de não alcançar seu objetivo de crescimento de 7% para o PIB em 2015. Muitos especialistas acreditam que, para atingir a meta, o governo, que já reduziu os juros cinco vezes, adotará novas medidas expansivas nos próximos meses.

A preocupação é que o baixo crescimento gere desemprego e protestos sociais. Para o Brasil, o risco maior é uma redução de importação, já que a China é um dos principais parceiros comerciais do país e grande comprador de minério de ferro. Mas, segundo Louis Buijs, da Oxford Economics, a desaceleração tem sido menos acentuada do que o esperado. "A contínua pressão sob o mercado imobiliário e de exportações provocou a redução do PIB, mas o consumo e as atividades de infraestrutura permanecem robustas e impedem uma diminuição mais forte", afirmou.

Analisando os índices separadamente, a produção industrial chinesa subiu 5,7% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2014, mas ficou abaixo dos 6,12% de agosto. Já a produção manufatureira registrou alta de 6,7% em setembro na comparação com 2014, contra 6,8% diante de agosto. E as vendas de bens de consumo tiveram aumento de 10,9% em setembro.

Em meados de agosto, as bolsas asiáticas, principalmente a de Xangai, sofreram oscilações e bateram recordes negativos devido às preocupações com o desempenho da economia chinesa. Os dados da economia do gigante asiático foram divulgados no mesmo dia em que o presidente Xi Jinping faz uma visita oficial ao Reino Unido. Na pauta de sua viagem, está uma série de acordos comerciais e financeiros, entre eles a participação de duas empresas chinesas no desenvolvimento da central nuclear de Hinkley Point, no sul da Inglaterra.