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Importações chinesas caem mais de 20% em setembro

Notícia derruba mercados internacionais; superávit da balança comercial da China foi ampliado 

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O governo da China divulgou nesta terça-feira (13) que as importações do país caíram 20,4% em setembro, na comparação com o mesmo período de 2014, nas contas feitas em dólar. Economistas projetavam uma queda de aproximadamente 16%. Em agosto, retração havia sido de 13,8%. A notícia derrubou os mercados globais, principalmente aqueles ligados à exportação de commodities.

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As exportações chinesas também recuaram (3,7%), após queda mais acentuada em agosto (5,5%). Os resultados de venda do Gigante Asiático superaram as expectativas do mercado. A média das previsões de um grupo de 12 economistas consultados pelo The Wall Street estimava um recuo de 6,5%. Com isso, em setembro a balança comercial da China teve leve ampliação em seu superávit. Número chegou a US$ 60,3 bilhões, ante os US$ 60,2 registrados no mês anterior. A previsão de analistas girava em torno dos US$ 47,6 bilhões. 

Mesmo que os resultados de exportação tenham surpreendido o mercado positivamente, impactando também a balança comercial chinesa, a queda nas importações falou mais alto na avaliação de investidores. O número indica que a segunda maior economia do mundo pode sofrer uma desaceleração mais rápida do que se havia previsto. Em resposta, os mercados internacionais operam em baixa. No Brasil, o Ibovespa cai após nove pregões consecutivos em alta e o dólar volta a subir, ultrapassando os R$ 3,80. 

Para o governo da China, a recente desvalorização do yuan deverá impulsionar as exportações do país. Em entrevista, o porta-voz da Administração Geral de Alfândegas da China, Huang Songping, afirmou que as exportações chinesas devem retomar o rumo do crescimento ainda durante o quarto trimestre de 2015.

Por Ana Siqueira