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Petróleo passa a cair após apresentar valorização

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Com a possibilidade de derrubada dos preços divulgada pelo Goldman Sachs, o barril de petróleo é negociado em forte queda nesta segunda-feira (12), após seguir movimento de alta mais cedo causado por declarações de autoridades de países com destacada produção da commodity.

Na International Exchange (ICE) de Londres, os futuros de Brent para novembro têm queda de US$0,67 (1,28%), negociados a US$52,23 o barril, às 10h56 de Brasília.

No mesmo horário, os futuros do Intermediário do Texas (WTI) recuam US$0,87 (1,75%), cotados a US$ 48,76 na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Às 14h16, o Brent despencava US$1,98 (3,75%), cotado a US$50,92 o barril, enquanto o WTI perdia US$2,13 (4,29%) com o barril negociado a US$47,50. 

O grupo financeiro Goldman Sachs divulgou relatório nesta segunda apontando que o preço do petróleo pode cair a níveis de custo de produção se o excesso de oferta atual se estender além da capacidade logística e de armazenamento disponível.

"Os fundamentos do mercado ainda são terríveis", disse à Bloomberg o diretor do Energy Analytics Group LLC, Tom Finlon. "Ainda há petróleo demais em estoques e estamos bombeando mais de 9 milhões de barris por dia".

A commodity teve alta após o ministro do Petróleo do Kuwait, Ali al-Omair, afirmar nesta segunda-feira que o crescimento econômico e a saída de produtores com altos custos podem elevar o patamar dos preços de combustíveis. O relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgado hoje diminuiu as previsões para a produção de petróleo em 2016 em 60 mil barris por dia.

Às 6h, o Brent chegou a subir 1,67%, valendo US$53,53 o barril, enquanto o WTI era cotado a US$50,03, alta de 0,81%.

No domingo (11), o ministro de Energia do Catar, Mohammed Al Sada, havia dito que o preço do barril chegou a seu piso e que os suprimentos de países não-membros da OPEP vão provavelmente ficar negativos em 2016 e a demanda pode alcançar 30,5 milhões de barris por dia, número maior que a previsão para 2015.

"A confiança aumentou após se ouvir a mesma mensagem em todo lugar, que o mercado está se reequilibrando", disse ao Wall Street Journal o analista de petróleo do banco OCBC, Barnabas Gan, que ainda identificou a Ásia, em especial a China, como o principal motor de demanda no curto prazo.

O barril teve pequenas variações no último fechamento, na sexta-feira, com investidores hesitando entre o excesso global de oferta e a diminuição da contagem de poços e plataformas nos EUA.

Na sexta-feira, os futuros de Brent para novembro caíram US$0,40 (0,8%), negociados a US$52,65 o barril. Já os futuros do Intermediário do Texas (WTI) aumentaram US$0,20 (0,4%), cotados a US$ 49,63 no encerramento da New York Mercantile Exchange (Nymex).

De acordo com dados da companhia de serviços do setor petrolífero Baker Hughes divulgados na sexta-feira (9), as empresas de exploração removeram nove poços nos EUA na semana passada, diminuindo a contagem para 605 poços e plataformas. No ano passado, produtores operavam com 1.609 poços e plataformas no país.