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Tesouro Direto ultrapassa mercado de ações em número de investidores

Segundo a corretora Rico, mais pessoas optarão por essa modalidade de investimento em setembro

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De acordo com um levantamento realizado pela corretora Rico, o número de pessoas com investimentos no Tesouro Direto ultrapassará aquelas que preferem ações de empresas listadas na Bolsa de Valores no mês de setembro. Ao final de agosto a modalidade ainda tinha menos pessoas cadastradas, na comparação com a BM&FBovespa, mas sua tendência de crescimento já era evidente.

Em agosto, o Tesouro Direto superou os 552 mil CPFs cadastrados, crescimento de 31,77%% em 2015. Enquanto isso, o pregão da BM&FBovespa contabilizava 555 mil CPFs em seu banco de dados. Desde 2010, o mercado de ações já perdeu 50 mil investidores pessoa-física.

"Abrimos cerca de 3.800 contas por mês aqui na corretora, e 30% são para Tesouro Direto. Ao mesmo tempo, o total de clientes em bolsa está praticamente estagnado. Esse é um retrato do mercado, de juros altos e totalmente favorável à renda fixa", explica Mônica Saccarelli, sócia da Rico. 

Em nota enviada à imprensa, Saccarelli pondera que o Tesouro Direto é uma boa notícia para investidores e instituições financeiras, porém a situação está longe do ideal. "A melhor perspectiva para todos seria um mercado crescendo como um todo, seja em renda fixa ou variável. Assim teríamos diversos produtos disputando a atenção do investidor e, consequentemente, mais gente investindo a taxas de administração mais competitivas", explica a economista.

De acordo com a Rico, em relação ao volume investido a bolsa ainda ocupa a liderança. "São 103 bilhões de reais de pessoas físicas investidos em ações de empresas, contra 19,47 bilhões de reais em estoque dos títulos do governo", afirma o texto da corretora. "A diferença é grande, mas temos que lembrar que o Tesouro Direto existe há pouco mais de dez anos", contextualiza Saccarelli.

Por Ana Siqueira