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Em dia de volatilidade, petróleo fecha em alta

Indícios de queda na exploração norte-americana voltam a animar investidores

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Em dia de negociações voláteis, o barril do petróleo fechou cotado em alta nesta sexta-feira (2). Na Intercontinental Exchange Futures (ICE), os contratos do petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 48,13 por barril, em alta de US$ 0,44 (0,92%).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do Intermediário do Texas (WTI) para novembro fecharam a US$ 45,54 por barril, valorização de US$ 0,80 (1,79%).

Após abrir em alta, a commodity passou a cair pela manhã, influenciada por notícias da Rússia e Arábia Saudita. O governo russo informou que o país produziu 10,74 milhões de barris de petróleo por dia em setembro, acima dos 10,58 milhões de barris de 2014.

Já o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, durante uma reunião de ministros da Energia dos países do G-20, declarou que seu país vai continuar a investir no setor petrolífero, apesar das quedas dos preços.

Notícias do mercado de trabalho nos EUA também provocaram a reversão do movimento de alta. O Departamento do Trabalho do país informou que foram criados 142 mil empregos em setembro,  abaixo da previsão dos economistas.

No começo da tarde, a companhia de serviços do setor Baker Hughes informou que houve queda de 26 poços ou plataformas em relação à semana anterior, levantando o preço do barril. É a quinta semana consecutiva de quedas no número de instalações em atividade. Segundo a empresa, o número desta semana é o menor desde agosto de 2010.

"A menor contagem de poços respalda a noção de que a produção está começando a cair", disse à Reuters o especialista em commodities da ICAP, Scott Shelton.

Na quinta-feira (1º), após operar em forte alta pela manhã, os futuros do petróleo apresentaram queda no fechamento diário. O Brent para novembro caiu US$ 0,68 (1,4%), cotado a US$ 47,69 o barril. O WT) teve baixa de US$ 0,35 (0,8%), negociado a US$ 44,74.

Segundo analistas, os preços subiram influenciados pelos conflitos na Síria, onde a Rússia lançou seu segundo ataque aéreo nesta quinta. A intervenção de Moscou contribuiu para elevar as incertezas no Oriente Médio, a maior região produtora de petróleo do mundo.

Outro fator que provocava a alta era a rota do furacão Joaquim, nos EUA. A previsão era que o furacão atingisse as instalações petrolíferas na costa leste do país e a produção e distribuição no Golfo do México. Após o governo norte-americano alterar a projeção da rota, os preços perderam força.

Também pesou para o movimento de baixa a divulgação de dados fracos sobre a manufatura do país.