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Lindbergh Farias culpa juros altos pelo déficit no Orçamento de 2016

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Após reclamar que o governo federal tem cometido erros na economia,  o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o déficit primário de R$ 30 bilhões previsto no projeto de orçamento da união para 2016 é fruto das elevadas taxas de juros.

Para provar isso, ele lembrou que no período de julho de 2013 a julho de 2014 e de julho de 2014 a julho deste ano, várias despesas públicas subiram abaixo da inflação ou até caíram, como é o caso dos gastos com a Previdência Social, os investimentos e as transferências para estados e municípios.

Uma despesa, no entanto, teve um aumento expressivo e é responsável pelo rombo do orçamento, segundo Lindbergh Farias: a taxa de juros, que elevou os gastos para pagamento dos juros da dívida pública.  Nos últimos 12 meses, o país pagou R$ 451,8 bilhões, o equivalente a 7,92% do produto interno bruto, despesa que em julho de 2013 representara apenas 5,6% do PIB . Por isso, o senador fez um alerta e um pedido à presidente Dilma Rousseff:

"Mude a política econômica, porque se não mudarmos a política econômica, ela vai continuar  alimentando a crise política. À luz da discussão desse orçamento, vamos apresentar medidas em relação à tributação, como superar este déficit. Não podemos jogar a conta desse déficit nas costas do trabalhador. Quem tem que pagar a conta desse déficit são os mais ricos", disse.

Lindbergh anunciou que nesta terça-feira vai apresentar projeto para trazer  de volta a cobrança de impostos sobre a distribuição de lucros e dividendos no país e para a remessa ao exterior. Ele lembrou que o governo Fernando Henrique acabou com essa tributação em 1995 e ressaltou que, com o retorno da taxação, o país vai arrecadar R$ 40 bilhões, suficientes para cobrir o déficit previsto no orçamento de 2016.

O senador ainda rebateu acusações da revista Época desta semana contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva relativas a empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Ele leu, no Plenário, nota em que o Instituto Lula contesta a revista e acusa Época de má fé.