Estimativa do Departamento do Comércio dos EUA, divulgada nesta quinta-feira (27), revisou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para 3,7% no segundo trimestre deste ano. Na primeira projeção, divulgada em 30 de julho, alta era de 2,3%. Expectativa do mercado, de 3,2%, também ficou abaixo da revisão de hoje.
Este foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento. No primeiro trimestre de 2015, o avanço havia sido módico, de apenas 0,6%, parcialmente explicado pela intempérie climática do país. Já de abril a junho, alta foi mais significativa e refletiu o aumento no consumo das famílias.
Entre os principais pontos que levaram à revisão do PIB norte-americano estão o aumento do investimento não residencial e a expansão da economia, com aumento das exportações, desaceleração das importações e crescimento dos investimentos fixos residenciais.
O grande crescimento pode fazer com que o Federal Reserve aumente as taxas de juro este ano. De acordo com economistas da Rosenberg Associados, entretanto, "a turbulência causada pelo esvaziamento da bolha financeira na China ainda pode atrapalhar a reversão da política monetária nos Estados Unidos". No início desta semana, o mercado financeiro global teve queda generalizada em função das incertezas na economia chinesa, o que também afetou o preço das commodities.
A Rosenberg aposta em uma alta dos juros norte-americanos na reunião do Fed em setembro, mas, na análise da consultora, ainda pesarão sobre a decisão "o risco de rupturas adicionais na China e o dado de emprego nos Estados Unidos", que serão divulgados nos próximos dias.