A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta segunda-feira (10) repercutindo fala do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) e dados ruins na China, que podem fazer o governo do país asiático lançar mais estímulos para a economia. O mercado brasileiro encerrou em valorização de 1,60%, aos 49.353 pontos. Destaque para avanço dos papéis da Vale e da Petrobras, que tiveram ganhos de mais de 3%.
No cenário macroeconômico a divulgação de superávit da balança comercial também pode ter afetado positivamente o mercado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDIC), as exportações da primeira semana de julho superaram as importações em US$ 726 milhões, o que somou-se ao superávit brasileiro no acumulado do ano, que ultrapassou os US$ 5,3334 bilhões. O resultado é melhor que o do ano passado, quando no acumulado do ano, até a primeira semana de agosto, o país registrava déficit de US$ 783 milhões.
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As ações da Vale também ajudaram a impulsionar a alta do Índice Bovespa (Ibovespa), com valorização de 5,05% nas ordinárias (VALE3) e de 3,62% nas preferenciais (VALE5), após dados da China. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho registrou avanço de 1,6% no país asiático, e é um dos principais indicadores de inflação. No acumulado do ano, os preços tiveram aumento de 1,3%. O governo chinês traçou como objetivo para este ano manter os níveis de inflação abaixo de 3%, o que cria expectativa entre os investidores de novas intervenções e estímulos à economia do país.
Outras ações que tiveram alta foram as da Petrobras. Os papéis ordinários (PETR3) da empresa subiram 3,77%, enquanto os preferenciais (PETR4) tiveram ganhos de 2,68%. A alta da empresa repercute entrevista dada pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, ao jornal O Estado de S. Paulo e publicado nesta domingo em que ele disse, entre outras coisas, que a petroleira deve voltar aos trilhos só daqui a cinco anos e que até o final do operação Lava Jato, a empresa não sairá do foco político. No exterior, os ADRs (American Depositary Receipts) da empresa também tiveram altas, acima dos 5%.
Novamente no cenário externo o que também ajuda a impulsionar a valorização do mercado brasileiro é a fala do vice-presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), Stanley Fischer, que disse em entrevista que o órgão não vai elevar os juros básicos no país antes que os preços voltem para níveis considerados normais.
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Repercutindo a fala de Fischer e ações do Banco Central do Brasil para conter a elevação do câmbio, o dólar teve queda de mais de 1% e encerrou cotado a R$ 3,44.
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