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Investimentos: perspectivas seguem negativas no mundo, diz jornal francês

Investimentos das empresas não deverão redecolar antes de 2018, segundo 'Les Échos'

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A desaceleração antecipada do crescimento mundial alcançado em 2015 não será contrabalanceada pelos investimentos das empresas. É o que diz um artigo de Guillaume Benoît, do diário econômico francês Les Echos, publicado nesta terça-feira (04/08). Esses deverão ainda registrar uma baixa de 1% em volume, segundo um estudo anual da Standard & Poors sobre os 2.000 grupos realizando as despesas de investimentos mais importantes do mundo, para atingir um pouco mais de 3 bilhões de dólares no próximo mês de dezembro. Trata-se do terceiro ano de baixa consecutiva. Pior ainda, a situação deverá se agravar em 2016, -4%, antes de reencontrar uma estabilidade em 2017.

Um leve crescimento fora da energia e matérias-primas

Causa principal dessas perspectivas morosas: uma queda drástica dos investimentos das empresas dos setores da energia e das matérias primas, que representam 39% dos montantes investidos levantados pela S&P. Em um contexto desfavorável – l e barril de brent, por exemplo, caiu na segunda-feira a sem nível mais baixo em seis meses - essas deveriam cortar suas despesas de 14% em média. Se extraimos essas sociedades, «a tendência volta a se tornar positiva, + 8 %, levada pelos setores da tecnologia da informação, do automóvel, da saúde e das telecomunicações», explica a S&P 

Incertezas econômicas persistentes

Essa recuperação do otimismo deve no entanto ser morna. Em primeiro, as previsões para 2016 das empresas não mostram um prosseguimento dessa boa dinâmica. Em seguida esse crescimento dos investimentos parece bem fraco ao nível dos recursos disponíveis das empresas. Segundo a Standard & Poors, as sociedades da amostra observada dispõem de fato de 4.400 bilhões de dólares de liquidez mobilizáveis em seu balanço. As políticas de pagamentos de dividendos e de recompras de ações para satisfazer os acionistas, muito valorizadas nos Estados Unidos onde elas representam 30% dos fluxos de tesouraria, não explicam só por elas mesmas essa falta de meios destinados ao crescimento das atividades. Para a S&P, as sociedades ainda hesitam diante de um contexto econômico incerto que torna difícil a avaliação dos futuros retornos sobre o investimento de seus projetos.