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Brasil está em recessão desde o 2º trimestre de 2014, alerta FGV

Afirmação é de comitê coordenado pelo ex-presidente do BC, Affonso Celso Pastore.

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Em comunicado divulgado hoje (4), o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (Codace/FGV) afirma que o Brasil está em recessão desde o segundo trimestre de 2014, quando pôs fim a uma expansão econômica que durou 20 trimestres.

Criado em 2008 pela FGV para analisar os ciclos econômicos brasileiros, o Codace identificou a ocorrência de um pico no ciclo de negócios brasileiro no primeiro trimestre do ano passado. Esse pico representa a alternância entre uma expansão, que vinha desde o segundo trimestre de 2009, para um período de recessão.

Segundo o Comitê, por recessão entende-se “a fase cíclica marcada pelo declínio na atividade econômica de forma disseminada entre diferentes setores econômicos”. Levantamentos do Codace também mostram que a média de duração das recessões está diminuindo no Brasil. Nas três ocorrências registradas entre 1981 e 1992, a média foi de 8,7 trimestres, enquanto, a partir de 1995, esse número caiu para 2,8 trimestres.

A expectativa, no entanto, é que a atual recessão dure mais do que a média das últimas cinco. “Levando-se em conta este mesmo período hipotético, a extensão da atual recessão seria de pelo menos quatro trimestres, portanto mais longa que a duração média das cinco recessões anteriores”, explica o Codace.

Coordenado pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, também fazem parte do comitê os seguintes especialistas: Edmar Bacha, diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças; João Victor Issler, professor da FGV; Marcelle Chauvet, professora da Universidade da Califórnia; Marco Bonomo, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa; Paulo Picchetti, professor do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE); e Regis Bonelli, pesquisador do IBRE.

*Do programa de estágio do JB