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Após reclassificações da S&P, Moody’s e Fitch devem reduzir nota do Brasil

Apesar dos prováveis cortes, analista estima que perspectiva "estável" será mantida.

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A aplicabilidade de alguns fundos de pensão internacionais no Brasil depende da manutenção de seu grau de investimento. Isso porque eles seguem a regra de não investir em países avaliados como grau especulativo pelas principais agências de classificação de risco – Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings.  

Em função do cenário político-econômico do Brasil, cortes já são esperados pelo mercado. Confirmando as expectativas, na última terça-feira (28) a S&P reduziu a perspectiva de nota de 41 bancos e empresas brasileiras, além de manter a nota soberana do país em "BBB-", alterando sua perspectiva para negativa. A mudança é preocupante, pois se trata do “último degrau” antes de passar ao grau especulativo. 

Segundo relatório divulgado pela S&P, as estimativas da agência estão em linha com o que preveem economistas: uma retração de 2% na economia deste ano e um Produto Interno Bruto (PIB) estável, com crescimento zero, em 2016. "Apenas em 2017 a agência projeta um crescimento modesto da economia", explica Caio Toledo, da XP Investimentos.

Para o analista, as três agências estão sempre em linha. Isso significa que reclassificações por parte de Moody’s e Fitch também estão por vir. Atualmente, os ratings soberanos do Brasil nas duas agências são “Baa2” e “BBB”, respectivamente, ambos com perspectiva negativa. “As duas devem reduzir a nota brasileira. A grande dúvida está na perspectiva, se será estável ou negativa”, explica Toledo. Em sua opinião, no entanto, a perspectiva virá como estável. “É difícil darem dois anúncios tão fortes de uma vez”, arrisca. 

* Do programa de estágio do JB