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Repercutindo referendo grego e dados da Anfavea, Bovespa fecha em queda 

Petrobras opera na ponta das perdas com votação no Senado, que deve ocorrer nesta semana

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A vitória do "não" na Grécia repercutiu pelo mundo e balançou as bolsas mundiais. Seguindo mercados europeus e americanos, a Bovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (6) em queda, de 0,7% aos 52.149 pontos. No cenário interno a produção de veículos automotores registrou queda de 14,8% em junho na comparação com o ano passado, enquanto no Senado a expectativa é que o projeto de lei que retira obrigatoriedade de participação de 30% da Petrobras nos consórcios de exploração do pré-sal seja discutido nesta semana. Com isto, os papéis da petroleira lideraram perdas.

Cenário internacional 

Bolsas pelo mundo encerraram em queda com vitória do "não" no referendo grego. Os mercados apresentaram leve recuperação após renúncia do ministro das Finanças do país, mas não mudaram o movimento de baixa. Veja como fecharam as principais bolsas europeias e americanas clicando aqui.

O Banco Central Europeu (BCE) que vai manter a linha de liquidez de emergência (ELA) aos bancos gregos. De acordo com comunicado emitido pela instituição, a ajuda será mantida "nos níveis do dia 26 de junho", mas só pode ser fornecida com garantias suficientes. Os recursos da ELA são disponibilizados a bancos com problemas de falta de dinheiro para mantê-los em funcionamento. No nível de 26 de junho, o crédito autorizado era de € 89 bilhões. 

O dólar fechou em leve alta frente ao real, de 0,09% e preço de R$ 3,1421 na venda. A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos teve leve alta de 0,3 pontos em junho na comparação com o mês anterior, atingindo os 56 pontos. As informações foram divulgadas hoje pelo Institute for Supply Management (ISM). A expectativa do mercado, no entanto, era de que o índice atingisse os 56,2 pontos. 

>> Bolsas europeias fecham em baixa mesmo com renúncia de ministro grego

Cenário interno

A produção de veículos automotores caiu 14,8% e as vendas registraram queda de 20,7% no mês de junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.  Em junho de 2015 foram produzidas 184.015 unidades, contra as 215.934 de junho de 2014. Em relação ao mês de maio, quando a produção somou 210.386 unidades, houve queda de 12,5%. No acumulado do primeiro semestre, foram produzidos 1.276.638 veículos, 18,5% a menos do que o total do mesmo período do ano passado (1.566.049). Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

>> Produção de veículos cai 18,5% no primeiro semestre e vendas recuam 20,7%

“Em junho, houve um dia a mais de vendas, mas, de qualquer maneira, o número é estável [em relação a maio]. No acumulado permanece a queda, mas os produtos que a Anfavea representa e que são considerados bens de capital é que têm refletido o baixo índice de confiança dos consumidores. O nosso trabalho é buscar esse nível de confiança do investidor”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

O projeto de lei que trata de mudanças na participação da Petrobras no modelo de exploração do pré-sal deve ser discutido nesta semana pelo Senado. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) propôs um requerimento para a criação de uma comissão especial para discutir o assunto. O documento propõe que o projeto seja debatido durante três meses na comissão, quando os senadores terão condições de apresentar emendas e modificar o texto se desejarem.

As ações da principal interessada no assunto, a Petrobras, lideraram as perdas nesta segunda. Os papéis preferenciais (PETR4) tiveram queda de 2,13% enquanto os ordinários (PETR3) caíram 0,77%. No exterior, os ADR's (American Depositary Receipts) da empresa tiveram quedas ainda maiores, de mais de 7%. Como na última sexta-feira (3) não houve pregão nos EUA por conta de feriado e os papéis da Petrobras, no dia, apresentaram quedas de 5% na bolsa brasileira, os papéis no exterior se ajustam à cotação do mercado. 

Papéis da Vale também apresentaram queda, de 0,17% nas ordinárias (VALE3) e 1,71% nas preferenciais (VALE5), enquanto que o setor de siderurgia liderou os ganhos na bolsa, recuperando queda sofrida nas últimas semanas. Os papéis da Usiminas (USIM5) tiveram os maiores ganhos, de 3,72% com preço de R$ 4,18, junto com Gerdau (GGBR4 +2,25%; R$ 6,81) e CSN (CSNA3 +2,10%; R$ 4,62). 

*Do programa de estágio do JB