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Cúpula dos Brics debaterá problemas econômicos mundiais

Líderes terão encontros nos dias 8 e 9 de julho

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A partir da próxima quarta-feira (08), os líderes dos Brics - grupo que envolve Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - irão se reunir na longínqua cidade russa de Ufá para debater problemas econômicos mundiais e dar o "impulso final" na criação do Banco dos Brics.

    O grande destaque dos dois dias reuniões será o acerto de "detalhes" para o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que terá um fundo de US$ 100 bilhões para financiar projetos de infraestrutura nos países emergentes. Lançado durante a última reunião de cúpula da entidade, em julho de 2014, cada um dos membros precisava aprovar, através de seu Parlamento, as regras para implementar o banco. Ficou decidido ainda que o Brasil indicaria o primeiro presidente do conselho de administração, a Índia escolheria o primeiro presidente da entidade e a Rússia vai indicar o líder do conselho de governadores.

    Outro ponto que deve ser bastante debatido entre os líderes será a abolição do uso de visto para viajar entre as nações-membros do grupo. A Rússia é quem mais defende a questão, que encontra resistência nos líderes dos outros países.

    O Kremlin também anunciou que temas da economia mundial, como a crise na Grécia e na Ucrânia, e a crescente ameaça do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) estarão nas pautas das discussões. Nesta cúpula, a Rússia ainda quer debater um plano de cooperação maior entre os Brics e fazer uma completa análise do mercado internacional. Por questões internas, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, só chegará ao território russo na tarde do dia de abertura e, por isso, sua reunião com o líder da nação anfitriã, Vladimir Putin, foi reagendado para a quinta-feira (09). Segundo fontes do governo nacional, o encontro bilateral debaterá temas sobre a realização de grandes eventos esportivos - já que os russos sediarão a Copa do Mundo de 2018 e o Brasil as Olimpíadas de 2016.

    Essa será a segunda viagem internacional de Dilma em 15 dias. Na semana passada, a mandatária teve uma série de reuniões e encontros em quatro cidades norte-americanas, além de se encontrar com o presidente Barack Obama na Casa Branca.