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Bancos fecham na Grécia; Tsipras prepara nova proposta

Novo ministro das Finanças deve ser anunciado em breve

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O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, informou nesta segunda-feira (6) que pretende apresentar amanhã novas propostas aos credores internacionais, após os eleitores do país rejeitarem em um referendo as medidas de austeridade impostas como condição à liberação de mais um resgate financeiro ao país. 

O chefe da delegação de negociadores gregos, Euclid Tsakalotos, deve ser nomeado o novo ministro das Finanças do país, substituindo Yanis Varoufakis, que anunciou hoje sua renúncia ao cargo. De acordo com o ex-ministro, a decisão foi tomada para facilitar as negociações com os credores. Questionado por jornalistas, Varoufakis pediu para "ninguém se preocupar", porque "dará tudo certo". Cinco partidos políticos assinaram uma declaração para pedir a Tsipras o retorno à mesa de negociações com os credores internacionais. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que a instituição está monitorando de perto a situação e que está "pronta para ajudar a Grécia se Atenas pedir". Os bancos gregos continuarão fechados amanhã e talvez ao longo de toda esta semana, informaram jornais locais. 

A medida foi tomada na semana passada para evitar uma onda de saques. e acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério do Interior de Atenas, o "não" venceu o referendo de ontem (5) com 61,3% dos votos, contra 38,7% do "sim".

    Os gregos foram às urnas para decidir se rejeitavam ou aceitavam as políticas de austeridade e reformas pedidas pelos credores de Atenas, em troca da concessão de mais 7 bilhões de euros em ajuda financeira.

    O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras fez uma dura campanha pelo "não" por acreditar que a Grécia tem capacidade de chegar a um acordo com condições melhores.

    As negociações para um novo resgate financeiro à Grécia tinham sido interrompidas na semana passada, à espera do resultado do referendo. Amanhã, o eurogrupo se reunirá às 13h de Bruxelas para voltar à mesa de diálogo com Atenas, mas o BCE, o FMI e UE já anteciparam que esperam "novas propostas concretas" do país. (ANSA)