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'FT': Xiaomi foca no Brasil para primeiro lançamento de smartphone fora da Ásia

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A Xiaomi está focando no Brasil para realizar seu primeiro lançamento de smartphone fora da Ásia, em meio a sinais de desaceleração em seu mercado doméstico na China. É o que diz uma matéria de Tim Bradshaw, do jornal britânico Financial Times, publicada nesta quinta-feira (02/07).

A empresa de cinco anos, que foi avaliada em US$ 45 bilhões em uma rodada de financiamento no final do ano passado, vai vender seu aparelho Redmi 2 no Brasil na próxima semana para R$ 499 (US$ 160), que a Xiaomi disse que chegava até a metade do preço de smartphones comparáveis de rivais como Samsung e Motorola.

Hugo Barra, o ex-executivo da Google Android que agora lidera a expansão global da Xiaomi, anunciou o lançamento em um shopping de São Paulo.

“O Brasil é o quarto maior mercado de smartphone do mundo,” disse ele. “É também um trampolim para a América Latina para nós.”

Essa comunidade online tem sido vital para o crescimento da Xiaomi na Ásia, onde vendeu mais de 60 milhões de smartphones no ano passado. A Xiaomi confia no marketing boca-a-boca via mídias sociais e vendas apenas online para distribuição, o que ajuda a manter seus custos baixos.

Mas devido às altas taxas de importação do Brasil, a Xiaomi está trabalhando com a Foxconn para montar o telefone Redmi localmente, assim como encomendar alguns componentes como baterias de dentro do país.

“Assim como outros mercados em desenvolvimento, nossa proposta de valor e modelo de negócios são perfeitamente adequados [ao Brasil]: nós vendemos produtos de alta qualidade a preços muito agressivos,” disse Barra. “Estamos fortemente focados  no ecommerce, as pessoas aqui estão muito acostumadas a comprar coisas online. Nesse momento, devido à crise econômica, é um momento especialmente interessante para nossa entrada.”

Enquanto a Xiaomi planeja focar suas vendas de smartphone em um pequeno número de mercados grandes, e com crescimento acelerados por enquanto, analistas afirmam que a expansão internacional é também crucial se a Xiaomi atingir sua meta de 100 milhões de smartphones vendidos neste ano.