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Ações da Petrobras operam em alta

Mercado estaria reagindo a acordo com China e preço de combustível

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Apesar de ter aberto em baixa, a Bovespa começou a ter o seu "benchmark" valorizado em 0,16% às 11h16 - com o acúmulo de 54.991 -, nesta quinta-feira (21). As negociações começaram em baixa por conta de uma reação do mercado ao adiamento da votação da MP 665, que muda as regras para a obtenção do seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. Às 10h35 a Ibovespa caía 0,35%, somando 54.716 pontos. O índice chegou a cair 0,51% às 10h15, somando 54.619 pontos. 

Os papéis tanto ordinários quanto preferenciais da Petrobras apresentam uma alta considerável nas negociações desta quinta. Por volta de 11h34, os papéis ordinários da estatal se valorizavam em 4,82%, sendo cotados a R$ 14,36. Já os preferenciais subiam 3,34% às 11h33.As ações da estatal fecharam em queda por três dias seguidos, no entanto, no início desta manhã  as ordinárias abriram o dia com uma leve alta de 0,58%. Por volta de 10h21 os papéis valiam R$ 13,93, uma variação positiva de 1,98%. Já as ações preferenciais  cresciam 0,16% na abertura, no entanto, às 10h22 os papéis alcançaram sua alta do dia por enquanto, cotadas a R$ 13,03, uma valorização de 1,09%. Às 11h, as ações ordinárias da empresa (PETR3) se valorizavam em 3,58%, cotadas a R$ 14,24. Já as preferenciais (PETR4) subiam 3,03% por volta das 11h02, sendo vendidas a R$ 13,28. 

A expectativa do mercado em relação a Petrobras se dá por conta da divulgação de que a estatal irá assumir formalmente o compromisso de praticar os preços de mercado na venda de combustíveis no seu novo plano de negócios. Além disso,  petroleira também assinou um contrato de financiamento de U$ 1,5 bilhão com o Banco de Desenvolvimento da China. O empréstimo é parte de um acordo entre o governo chinês e o brasileiro. 

Após sete dias de fechamento em baixa, as ações da mineradora Vale abriram as negociações em alta, se valorizando 0,91% às 10h42. Os papéis preferenciais (VALE5) eram cotados a R$ 16,72. Já as ordinárias (VALE3) se valorizavam em 0,30% às 10h45, sendo vendidas a R$ 19,91. Os papéis da empresa se valorizam junto com o preço do minério de ferro negociados no porto de Qingado na China. A commodity avança 1,37%, vendida a U$ 57,91 o quilo. Segundo o analista da XP Investimentos Caio Toledo, vieram dados negativos da China, o que seria negativo para o mercado, no entanto, os investidores esperam que com essas negatividades, um pacote de investimentos deve ser lançado por parte do governo chinês.  

Na direção oposta, os grandes bancos tem o quarto dia de queda seguida com a possibilidade de aumento de júros, somado aos estudos do governo de pôr fim ao júros sobre capital próprio (JCP). Caso seja retirada, o arrecadamento do governo sobre os bancos será de R$ 15 bilhões. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy também sinalizou que as taxações de Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) pode deixar de ter vantágens tributárias. A Contribuição Social do Lucro Líquida (CSLL) também poderia voltar a ser cobrada ainda esse ano. As ações do Itaú (ITUB4) caíam 1,62% às 10h57, sendo vendidas a R$ 35,91. Os papéis ordinários do Bradesco (BBDC3) se desvaloriavam em 1,49% por volta do mesmo horário, sendo vendidas a R$ 28,37. As preferenciais do banco caíam 1,52% no mesmo horário, cotadas a R$ 29,79. E os papéis ordinários do Banco do Brasil (BBAS3) caíam no mesmo horário 1,64%, vendidas a R$ 24,62. 

Caio Toledo da XP Investimentos explicou a baixa nos bancos se dá por parte das dificuldades do governo de aprovar o ajuste fiscal. "Por conta dessa demora, o governo está estudando formas de aumentar a arrecadação e uma delas seria o aumento da CSLL de 155 para 20%. No final das contas, quando o balanço fosse divulgado, o lucro seria menor. Além disso tem a possibilidade da retirada da JCP, que foi uma medida lançada em 1995 para estimular as pessoas a investirem na bolsa. Muitos bancos pagam seus investidores em JCP, se isso acontecer, os bancos vão pagar somente através dos dividendos", explicou.

A Usiminas, apesar de ter fechado dois altos-fornos, teve uma valorização nas ações de mercado nesta quinta. De acordo com o analista da XP Investimentos, Caio Toledo, alguns investidores acreditam que a ação seja positiva por conta da diminuição de gastos. No entanto, ele ressalta que a longo prazo, esse não é um movimento positivo para a empresa. "Considerando que o tempo de religada de um alto-forna é de um ano, a parada representa essa diminuição dos gastos, no entanto, significa também a perda de lucro em um futuro próximo", explicou.