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Bolsa fecha em maior patamar em sete meses com alta da Petrobras e Vale

Dólar registrou queda de 0,45% frente ao real, a R$ 3,07, após quatro sessões de alta

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O principal índice da bolsa brasileira fechou, pela primeira vez desde 15 de outubro de 2015, acima dos 58 mil pontos. A forte valorização dos papéis da Petrobras e da Vale contribuíram para o acréscimo de 1,22% do Ibovespa, a 58.051 pontos nesta terça-feira (5). A valorização da bolsa no ano já é maior do que a do dólar, 16,09% contra 15,42%. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,45% frente ao real, a R$ 3,07, após quatro sessões de alta.

Durante a tarde, os papéis preferenciais da Petrobras subiam perto de 4%, e as ações ordinárias da Vale tinham alta de mais de 7%. A Vale foi beneficiada pela alta dos preços do minério de ferro na China. A Eletrobras também registrou alta, saltando mais de 13% perto do fechamento. 

A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) se posicionou, assim como o ministro de Minas e Energia na véspera, Eduardo Braga, de forma favorável com relação à retirada da obrigatoriedade petroleira no pré-sal. Atualmente, a Petrobras tem que ter, ao menos, 30% nos blocos exploratórios com potencial na camada do pré-sal que forem leiloados. 

Um grupo composto por especialistas do Ministério de Minas e Energia, do Ministério da Ciência e Tecnologia e da ANP também está avaliando a possibilidade de aprimoramento na política de conteúdo local para a exploração e produção do petróleo. O objetivo é estudar ajustes para simplificar as regras para as empresas de forma a manter benefícios que a política trouxe. As mudanças criariam condições para uma nova expansão no setor. Após os estudos, o assunto será apresentado para um debate mais amplo no governo.

O ajuste fiscal brasileiro também esteve sob os holofotes dos investidores, com chance de votação da MP 664, que altera regras de benefícios previdenciários, e da MP 665, que modifica o acesso a benefícios trabalhistas.

Dólar fecha em baixa após sequência de altas

O dólar começou a operar em queda na tarde desta terça-feira (5), após avançar nos quatro últimos dias de negócios e iniciar o dia com movimento de estabilidade. A moeda caiu 0,39%, a R$ 3,0687, e também caía em relação a moedas de outros países emergentes. Na semana e no mês, a valorização acumulada é de 1,85%, e, no ano, de 15,42%.

Nas próximas semanas, o câmbio deve ser influenciado pela perspectiva para a Selic, com a ata do Copom que deve ser divulgada nesta quinta-feira, pelas condições do ajuste fiscal no país e expectativas sobre os juros nos Estados Unidos, com a divulgação do relatório de emprego do país nesta sexta-feira.

O Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos. O banco já rolou US$ 787 milhões, ou cerca de 8% do lote total, equivalente a US$ 9,656 bilhões.